Escoriose em videira

Phomopsis viticola

Cultura: Uva

Sinonímia: Fusicoccum viticola Reddick e Phomopsis viticola var. ampelopsidis Grove.

Descrição: No Brasil, o fungo vem adquirindo importância nos últimos anos devido aos danos causados na videira, tais como redução na brotação das gemas e seca dos ramos, podendo, às vezes, causar a morte da planta.

Sintomas: Os sintomas da doença são visualizados na base dos ramos do ano, no terceiro ou quarto entrenó, no início da brotação. A lesão possui aparência de crosta ou escoriações superficiais de coloração marrom-escura, a qual pode atingir toda a parte basal do ramo ou estender-se longitudinalmente, formando lesões alongadas, escuras e superficiais. Sobre as lesões pode ocorrer o desenvolvimento das estruturas reprodutivas do fungo. Os ramos doentes apresentam engrossamento na base e enfraquecimento na região de inserção, possibilitando assim a quebra dos mesmos.
As lesões alongadas presentes nos ramos também podem afetar os pecíolos, gavinhas e pedúnculos.
O fungo causa a formação de pequenas pontuações de aspecto cloróticas, que posteriormente tornam-se necróticas. Quando o fungo afeta as nervuras, geralmente ocorre deformação da folha.
A doença provoca a morte das gemas basais, dificultando o trabalho de poda, podendo ocorrer um desenvolvimento indesejável da planta.
As infecções aparecem associadas às lenticelas e posteriormente o fruto vai adquirindo gradualmente a coloração marrom e finalmente apodrece, ficando com aspecto enrugado.

Bioecologia: O fungo sobrevive sobre os ramos infectados. Temperaturas entre 5 e 10 °C associada com períodos de água livre ou umidade alta (próxima de 100%) são fatores que favorecem o estabelecimento e o desenvolvimento da doença.

Práticas culturais: O produtor deve remover e destruir os ramos doentes antes da brotação.

Controle químico: A pulverização deve ser realizada no início das brotações, podendo ser executada juntamente com o controle da antracnose.

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