Mancha de Fusarium

Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli

Descrição: Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli Kendrick & Snyder vem adquirindo importância na cultura de feijão, principalmente em áreas de plantios sucessivos. As perdas geralmente são elevadas quando associam cultivares suscetíveis e condições favoráveis.
O patógeno ocorre na maioria das áreas onde se cultiva esta leguminosa, e a ocorrência dos nematóides Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica nas plantas do feijoeiro colaboram na severidade da doença.
Este patógeno apresenta raças fisiológicas, tais como as procedentes dos Estados Unidos, Brasil e Colômbia. Em nossas condições foi detectada apenas a brasileira, ainda não foram observadas outras raças.

Sintomas: No campo, observa-se a formação de reboleiras, e quando as plantas são severamente atacadas, elas secam e morrem. A extensão da área atingida é variável, pois o patógeno pode afetar algumas plantas ou até 80% da área. A infecção, ocorrendo na fase inicial da planta, leva à redução de crescimento.
FOLHAS: O sintoma típico da doença é a murcha e/ou o amarelecimento, iniciando de baixo para cima na planta, facilmente observados na fase de pré-florescimento ou enchimento de grãos. Posteriormente, as folhas ganham coloração amarelo-claro, entrando em senescência prematura.
RAMOS / CAULE: O sistema vascular apresenta coloração pardo-avermelhado devido à obstrução e colonização do patógeno. Sobre os ramos das plantas, em fase adiantada da doença, observa-se a presença de uma massa cotonosa branca ou rosada, constituída de micélio e conídios do patógeno, principalmente nos locais mais úmidos.
SEMENTES: As lesões são aquosas, e a contaminação da semente ocorre superficialmente.
RAÍZES: No sistema radicular, observa-se a descoloração dos vasos.

Bioecologia: O patógeno sobrevive no solo, restos de cultura e na forma de clamidósporos. A formação de estrutura de resistência (clamidósporo) permite que o fungo resista às condições ambientais por vários anos.
O fungo é disseminado na forma de esporos, este pode estar aderido à superfície das sementes, ou ser carregado pelo vento, água de irrigação e implementos agrícolas. Esta doença predomina em regiões de temperaturas moderadas a altas e períodos de seca, além de pH ácido e baixo teor de matéria orgânica.

Resistência varietal: As variedades Rio Tabagi, FT-Tarumã, IAPAR-20, IAPAR-31, IAPAR-14, Aporé, Negrito 897, Rico 1735 e Milionário 1732 apresentam resistência ao fungo.

Práticas culturais: Para diminuir a quantidade de inóculo e a severidade da doença, recomenda-se a rotação de cultura com plantas não hospedeiras, queima dos restos de cultura quando houver presença do patógeno, utilização de sementes sadias e a não utilização de máquinas e implementos procedentes de áreas infestadas.

Controle químico: Tratamentos de sementes com Benomyl e Thiram.

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