Lagarta-do-maracujazeiro

Dione juno juno

Cultura: Maracujá.

Descrição: Ordem Lepidoptera. Família Nymphalidae. Diversas espécies de Lepidopteros se alimentam de folhas de maracujazeiros, sendo as mais frequentes a "Agraulis vanillae" e a "Dione juno juno". A "A. vanillae" faz posturas isoladas, encontrando-se, portanto, ovos e, posteriormente, lagartas sozinhas. Já a " Dione juno juno" apresenta hábito gregário, formando densas colônias nas folhas.

Sintomas: Essas lagartas se constituem no grupo de pragas mais comuns do maracujazeiro, e devoram as folhas, causando um desfolhamento completo da planta. O prejuízo maior provocado pelas lagartas é no viveiro de mudas e em mudas recém-plantadas no campo. A largata alimenta-se de folhas e ramos, chegando a danificar os ramos ponteiros e consequentemente atrasa o seu desenvolvimento vegetativo, ficando com menor vigor em relação as plantas não-parasitadas. Em plantas adultas e vigorosas a importância da lagarta vai depender do grau de infestação. A maior incidência destas pragas ocorre no período seco do ano, de abril a agosto.

Bioecologia: São borboletas alaranjadas de 60 mm de envergadura, tendo as margens externas das asas de cor preta. Essas borboletas colocam os ovos de cor amarela avermelhada reunidos em grande número (70 a 150) dos quais eclodem as lagartas de coloração preta com o corpo recoberto de espinhos e ficam agrupadas. Atingem 30 mm de comprimento, quando bem desenvolvidas. O período de incubação é de 7 dias, a fase de lagarta dura 26 dias e a de crisálida 12 dias, dando um ciclo em aproximadamente 45 dias no inverno.

Controle químico: Realizar pulverizações com inseticidas recomendados, tendo-se o cuidado para que os mesmos não prejudiquem a presença das mamangavas, que são insetos polonizadores.

Controle cultural: Pelo fato de viverem agrupadas, recomenda-se a catação manual dos ovos e lagartinhas em lavouras novas.

Controle biológico: A utilização do Bacillus thuringiensis e o Baculovirus, quando bem aplicados, tem-se mostrado eficiente.

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