Vespa-da-galha

Leptocybe invasa

Descrição: A vespa-da-galha-do-eucalipto, é uma das diversas pragas exóticas da cultura introduzidas no Brasil nos últimos anos que se enquadram na situação supracitada, juntamente com outros insetos galhadores e sugadores. Trata-se de um micro-himenóptero fitófago, cujo adulto possui pouco mais de 1 mm de comprimento, cor predominantemente marrom com nuances metálicas e ciclo biológico de cerca de 130 dias. 
De origem australiana e dispersada rapidamente por todos os continentes, teve seu primeiro registro fora de sua região de origem em 2000. No Brasil, foi encontrada pela primeira vez no norte da Bahia em híbridos de E. camaldulensis x E. grandis e em São Paulo, sobre E. grandis.
Seus danos consistem na formação de galhas decorrentes da oviposição no interior das gemas apicais, hastes novas e, principalmente, das nervuras principais das folhas das árvores, causando a seca dos ponteiros atacados e desfolha. Esses sintomas, que são verificados tanto em mudas quanto em plantas adultas, surgem nas primeiras semanas após a oviposição e afetam o crescimento da árvore, causando perdas na produção de madeira que variam de intensidade conforme a suscetibilidade observada para as diferentes espécies e híbridos clonais cultivados. A presença de L. invasa já foi confirmada em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Maranhão 

Controle: Os ataques observados foram provenientes de experimentos em pequena escala para verificação da viabilidade comercial e desempenho de determinados clones de eucalipto, o que contribuiu para que os prejuízos verificados com a destruição dos plantios atacados não fossem significativos. Dada a ausência de técnicas de controle comprovadamente eficientes, recomenda-se a substituição dos clones suscetíveis a L. invasa por outros que não sejam atacados, com eliminação de todas as plantas de clones suscetíveis, desde mudas até plantas adultas. Trata-se de medida exclusivamente preventiva para evitar maior disseminação do inseto, que ocorre durante todo o ano, pois ainda não há recomendações oficiais para o controle no campo. A variação entre os diferentes clones e híbridos de Eucalyptus à incidência de L. invasa é característica promissora para uso em programas de melhoramento genético para controle em longo prazo, e a escolha do material a ser cultivado deverá levar em consideração os antecedentes e informações locais ou provenientes de outros estados sobre a incidência da praga. Não há uma relação que associe as espécies e híbridos de Eucalyptus com o grau de severidade do ataque de L. invasa para as diversas regiões produtoras no Brasil, de modo que a tomada de decisão quanto à escolha do material a ser cultivado deve ser feita com base em recomendações de pesquisadores da área de proteção florestal.
 Paralelamente, o monitoramento periódico e sistemático, com uso de armadilhas amarelas adesivas de 12,5 cm x 10,0 cm a 1,60 m de altura e a 15 m das bordas da área cultivada, com distância entre elas variando conforme o tamanho da área a ser monitorada e logística disponível, deve ser efetuado nos viveiros e nos plantios com materiais que já foram atacados em outros estados para detecção precoce que permita a erradicação das plantações atacadas no começo, evitando maior disseminação do inseto.
Na observância de plantios atacados, deve-se atentar para a eventual ocorrência de inimigos naturais nativos que podem ser úteis em possíveis ações de controle biológico natural, uma vez que o controle químico ainda é ineficiente no combate à L. invasa. Além da manipulação da variabilidade genética dos diferentes clones e híbridos quanto à suscetibilidade aos ataques de L. invasa, o controle biológico é alternativa viável para futuros programas de manejo integrado do inseto, seja por meio de inimigos naturais nativos ou exóticos, estes últimos por meio de pedidos de importação junto aos órgãos reguladores federais.

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