Antracnose-de-cucurbitáceas

Colletotrichum orbiculare

Descrição: A antracnose é uma doença muito importante não só pela freqüência com que incide como também pelos danos que causa às culturas, especialmente de cucurbitáceas como o pepino, chuchu, melão e melancia.

Danos: As plantas podem ser afetadas em qualquer estádio de desenvolvimento e todos os órgãos aéreos são suscetíveis. Em pepino, chuchu e melão, os sintomas são muito semelhantes. Lesões nas folhas iniciam-se com encharcamento do tecido, seguido de necrose, resultando em mancha circular de cor parda e centro mais claro. O diâmetro das manchas pode variar de alguns milímetros a vários centímetros, podendo ou não apresentar halo amarelo.
Em folhas mais velhas, constata-se coalescência de manchas, resultando em extensas áreas necrosadas. Nas hastes e no pecíolo, as lesões são elípticas, deprimidas, de coloração variável de cinza a parda e, sob elevada umidade, podem apresentar-se recobertas de massa rosada, constituída de esporos do fungo. Nos frutos, os sintomas são elípticos a circulares, deprimidos e, num estádio mais avançado, recobertos de massa rosada. Estes sintomas podem aparecer após a colheita. Em abóbora, os sintomas nos frutos aparecem na forma de placas brancas superficiais. A colonização interna dos frutos só ocorre quando eles atingem a maturação. A podridão geralmente é seca e constata-se formação de acérvulos de cor preta na superfície das áreas afetadas.

Controlo: As medidas de controle recomendadas são: utilização de sementes sadias; destruição de restos de cultura e outras cucurbitáceas; rotação de culturas por 2 a 3 anos; emprego de variedades e/ou híbridos resistentes; pulverização com fungicidas protetores ou sistêmicos. Nos cultivos em estufas plásticas, deve-se fazer manejo ambiental através do controle de irrigação.