Bacteriose da nogueira
Xanthomonas campestris pv juglandis
Descrição: A bacteriose da nogueira é provocada pela bactéria Xanthomonas campestris pv juglandis Dye. É a principal doença desta árvore, afectando os gomos em abrolhamento, os raminhos novos, as folhas, as flores e os frutos. A doença aparece em todos os pomares e afecta todas as variedades, embora possa ser mais grave nas de floração precoce.
A maior parte das contaminações dá-se no início da estação - do inchamento dos gomos ao fim da floraçãoe apenas em condições húmidas.
Estas infecções primárias dão origem a mais bactérias que, por tempo chuvoso, se espalham pela árvore e pelo pomar, infectando gomos em desenvolvimento, raminhos, folhas, flores masculinas e femininas e frutos. As infecções secundárias podem suceder-se ao longo da estação. A água da chuva e o pólen transportam a bactéria de umas árvores para as outras.
A gravidade da doença depende, em cada ano, da humidade existente, pois a bactéria apenas se desloca e infecta as plantas quando suspensa nas minúsculas gotas de água que circulam na atmosfera humida.
A protecção contra a bacteriose tem carácter exclusivamente preventivo. Logo que se dê a infecção, nada pode ser feito para impedir o desenvolvimento da doença. Geralmente, as variedades de floração mais temporã são mais sensíveis, pois podem atravessar um período de tempo húmido mais longo, o que favorece a dispersão da bactéria.
De qualquer modo, a mais importante medida de prevenção consiste no ajustamento das práticas culturais e na realização de tratamentos à base de cobre.
A bactéria passa o Inverno em feridas da casca, nos gomos dormentes e nos amentilhos (“candeios”). Quando se inicia o abrolhamento, na Primavera, a bactéria penetra no interior dos tecidos através de aberturas naturais existentes em todos os órgãos verdes da árvore.
Medidas preventivas: Favorecer o arejamento da copa através de uma poda cuidada, de modo a permitir a circulação do ar e a manter a vegetação menos tempo molhada, sobretudo nas árvores jovens em formação. Não plantar variedades geneticamente muito sensíveis à bacteriose. Não regar durante a floração. Se o Inverno decorrer muito seco, uma rega antes da floração tem efeitos benéficos na rebentação das árvore. Corrigir a acidez do solo. Eliminar os ramos que tenham necroses negras da bacteriose. Reduzir as adubações azotadas. Não aplicar azoto depois do fim de Maio.
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