Bacteriose do kiwi

Pseudomonas syringae pv. actinidiae

Descrição: A bactéria Pseudomonas syringae pv. actinidiae (PSA) é reconhecida como um organismo nocivo para as plantas de kiwi. Devido à sua perigosidade, e à sua presença em vários países do sul da Europa, desde novembro de 2009 que faz parte da lista de alerta da OEPP. Esta doença, em relação à qual não são conhecidos, em termos práticos, métodos curativos, tem como hospedeiros as plantas do género Actinidae, de que se destacam as espécies A. deliciosa, A. chinensis, A. arguta e A. kolomita.

Danos: A bactéria Pseudomonas syringae pv. actinidiae provoca uma doença caraterizada por originar nas plantas diversos sinais e sintomas, que poderão variar ao longo do ciclo cultural e consoante a intensidade do ataque e a estirpe da bactéria. Em Portugal tem sido observados os seguintes sintomas: cloroses e necroses dos gomos; pequenas necroses nas folhas circundadas por halos amarelos; cancros nos ramos e tronco, com exsudado de cor avermelhada (ferrruginoso); flores necrosadas, secagem dos ramos e morte das plantas.

Controlo: A disseminação da doença, a longa distância, faz-se especialmente por via dos materiais de propagação infetados, incluindo as plantas obtidas por micropropagação. A queda das folhas e a operação da poda são fases em que a presença de feridas podem facilitar a instalação da doença e a sua disseminação pelo pomar. Importa adoptar algumas medidas preventivas que dificultem a instalação e disseminação da doença, tais como:
- Inicie a poda pelos pomares sem sintomas ou pelas zonas menos atacadas do pomar, deixando os pomares/zonas atacadas para podar por último.
- O equipamento de poda – tesouras e serrotes, devem estar limpos e desinfectados com uma solução de hipoclorito de sódio (lixívia) ou álcool a 70%.
- Tal como o equipamento também as pessoas a entrar no pomar devem adoptar medidas que ofereçam garantias de estar isentas da doença.
- Podar com tempo seco e sem nuvens. Esta medida é particularmente importante nos pomares onde já se detectaram plantas doentes.
- A realização de tratamentos com cobre a seguir à colheita, durante a queda das folhas e imediatamente a seguir à poda, contribui na redução da incidência da doença.

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