Cercosporiose
Pseudocercospora purpurea
Descrição: A cercosporiose do abacateiro é causada pelo fungo Pseudocercospora purpurea (Cooke) Deighton que tem com sinônimo Cercospora purpurea Cooke. Este fungo causa perdas econômicas significativas em cultivos de abacate na América Latina e Estados Unidos. A cercosporiose do abacateiro também pode estar associada ao fungo Cercospora perseae Ellis & G. Martin, apresentando sintomas parecidos.
Sintomas: Os frutos infectados apresentam pequenas lesões com 3 a 6mm de diâmetro, coloração marrom, ligeiramente deprimidas e com bordos definidos. Pontos de coloração acinzentada ocorrem no centro das lesões, formados pela esporulação do fungo, quando em condições de alta umidade. Com o envelhecimento das lesões, estas causam fissuras na casca do fruto servindo de porta de entrada para outros patógenos. Em condições severas, a doença causa a queda prematura dos frutos, em conseqüência da infecção do pedicelo que é caracterizada por lesões deprimidas, circulares, de coloração pardo-escura a negra, que podem envolver o pedicelo.
Nas folhas, P. purpurea causa lesões angulares de 1 a 3 mm de diâmetro, de coloração marrom ou cinza, com halo clorótico visível nas duas faces da folha. Estas manchas podem coalescer, e como o tecido necrosado no centro das lesões tendem a cair, facilita o rasgamento do limbo da folha.
Bioecologia: Pseudocercospora purpurea sobrevive no hospedeiro nas lesões foliares, sendo que a principal forma de disseminação se dá pelo vento. A incidência da doença inicia-se gradativamente na primeira metade do período chuvoso, atingindo seu pico nos meses de junho e julho, quando inicia-se a queda das folhas.
Resistência varietal: O principal método de controle a ser adotado é a utilização de variedades resistentes, pois, devido ao porte das plantas, o controle químico torna-se complicado.
Controle químico: O uso de fungicidas cúpricos e ditiocarbamatos pode ser feito quando a doença ocorre após a queda das folhas, pouco antes da florada do abacateiro e logo após a queda de 2/3 das pétalas. Em viveiros e sementeiras, as folhas infectadas devem ser removidas periodicamente.