Cercosporiose, Mancha castanha, Mancha foliar
Cercospora arachidicola
Descrição: A mancha castanha é considerada a principal doença foliar da cultura do amendoim, provocando consideráveis reduções nos rendimentos quando o nível de desfolhação é alto. Essa doença ocorre coincidentemente com a mancha preta, causada por Pseudocercospora personata (Cercosporidium personatum), e são muito difíceis de serem diferenciadas no campo, pois os dois patógenos causam sintomas semelhantes. Cercospora arachidicola está presente em todas as regiões do mundo onde se cultiva amendoim.
Danos: O sintoma característico da doença são lesões foliares necróticas e marrons. Quando não é praticado o controle químico, a redução nos rendimentos pode chegar até 50%. A infecção começa nas folhas mais velhas e progride para as mais jovens, apresentado-se como pequenas manchas necróticas que aumentam de tamanho até atingirem 1 - 10 mm de diâmetro, têm o centro marrom claro a marrom escuro e estão rodeadas por um halo amarelo. A frutificação do fungo ocorre na superfície adaxial, onde, às vezes, é difícil encontrar os conídios, diferente da mancha negra, que esporula na superfície abaxial e sempre tem conídios presentes. Os folíolos severamente infectados caem com facilidade, provocando a desfolhação e a conseqüente redução dos rendimentos. Nos estádios finais da epidemia, também são encontrados sintomas semelhantes nas estípulas, caules, vagens e ginóforos. Ocorrem sintomas semelhantes aos dos folíolos, porém de menor tamanho. Ocorrem sintomas semelhantes aos dos folíolos, porém são alongados no sentido do comprimento destes.
Controle: Embora existam cultivares promissores com aceitável nível de resistência a C. arachidicola, estes ainda não estão disponíveis comercialmente. Deve-se realizar rotações de cultura com cultivos não hospedeiros. Retirar do campo os restos de cultura infectados ou contaminados e queimá-los ou enterrá-los por aração profunda no próprio campo. Antecipar ou retardar a data da semeadura, visando evitar períodos climáticos favoráveis ao desenvolvimento do patógeno. A doença é controlada seguindo um programa de pulverizações com diversos fungicidas a partir de 30 - 40 após a semeadura e aplicados a cada 14 dias, até 14 - 21 dias antes da colheita.