Ferrugem-da-folha

Puccinia coronata

Descrição: A ferrugem da folha é a enfermidade mais importante da cultura, ocorrendo em todas as regiões onde este cereal é cultivado. Cultivares suscetíveis têm seus rendimentos severamente afetados, necessitando do uso sistemático de fungicidas, o que pode proporcionar acréscimos superiores a 2.000 kg ha-¹ na produção. Em razão da alta variabilidade e especialização fisiológica do patógeno, a resistência dos cultivares não tem sido duradoura, motivo pelo qual um processo contínuo de seleção e melhoramento vem sendo realizado no Brasil e no exterior.

Danos: As pústulas, inicialmente amareladas, desenvolvem-se principalmente nas folhas, podendo também aparecer nas bainhas e panículas. Tais pústulas são pequenas, ovais e isoladas, que expõem uma massa alaranjada de uredósporos, os sinais do patógeno. A medida que finda o ciclo da cultura, aparecem pústulas mais escuras que permanecem cobertas pela epiderme. Dentro destas, desenvolvem-se teliósporos bicelulares e escuros. A ferrugem da folha se diferencia da ferrugem do colmo por apresentar pústulas menores amarelo-claras e ausência de tecidos epidermais levantados ao redor destas.

Controle: Os cultivares resistentes têm sido pouco efetivos, uma vez que a resistência é governada por poucos genes e pode ser facilmente vencida pelo patógeno. Por esta razão, são necessários levantamentos das raças prevalecentes para orientar os programas de seleção. A eliminação de plantas voluntárias infectadas, muito comuns durante o verão, também é recomendada, embora não seja medida que, isoladamente, resolva o problema.
O controle químico é bastante empregado nas lavouras destinadas à produção de grãos e sementes, destacando-se os fungicidas triadimefon, triadimenol, propiconazole e tebuconazole. Técnica e economicamente, os melhores resultados são obtidos com duas aplicações, a primeira no aparecimento dos primeiros sinais (0 a 5% de severidade) e a segunda aproximadamente 20 dias após.

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