Ferrugem em cana-de-açúcar
Puccinia melanocephala
Sintomas: Pústulas na página inferior das folhas são amareladas a marrom-escuro, medem de 2 a 7 mm de comprimento por 1 mm de largura e mostram a formação de esporos subepidérmicos com ruptura da epiderme para sua liberação. Em variedades muito suscetíveis, as pústulas agrupam-se, formando placas de tecido necrosado. Plantas muito atacadas têm crescimento retardado com folhas queimadas e sem brilho.
Etiologia: Puccinia melanocephala produz uredósporos marrom-escuros, ovóides a elipsóides, densamente equinulados, com 4 a 5 poros germinativos equatoriais. Os teliósporos podem se formar isoladamente ou em pústulas urediniais. São clavados, com a célula distal dilatada, com parede espessa e ligeiramente constritos no septo. São lisos, marrom-escuros, com a célula basal mais clara, pedicelada. Os teliósporos são capazes de germinar, mas não infectam folhas de cana-de-açúcar, indicando que P. melanocephala não é autoécio e deve ter hospedeiro alternativo.
Controle: O uso de variedades resistentes é o mais eficiente método de controle. Há possibilidade de se cultivar variedades com resistência intermediária, ou mesmo suscetível, em regiões de escape onde o ambiente é desfavorável ao patógeno. Para o controle químico, recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.