Gomose

Phytophthora nicotianae

Descrição: O fungo Phytophthora nicotianae var. parasitica é o agente causal da gomose ou podridão-do-colo de diversas culturas de importância econômica, tendo como principal sintoma a formação de cancros na região do colo da planta, os quais promovem a exudação de goma. O fungo também afeta todos os demais órgãos da planta. Este fungo é predominante nas áreas subtropicais do mundo, possuindo um grande número de espécies de plantas hospedeiras, compreendendo 58 famílias botânicas.

Danos: Os primeiros sintomas ocorrem na região do colo da planta, quando há o aparecimento de manchas de coloração parda e aspecto úmido, evoluindo para o apodrecimento da casca, formando cancros com exudação de goma. A casca afetada desprende-se expondo o lenho já infectado que também apresenta coloração parda. O cancro fica delimitado temporariamente por um calo, formado pelo cambio como estrutura de defesa. Com a evolução da doença, as lesões expandem-se, anelando o tronco, atingindo os feixes vasculares, causando, com isso, reflexos diretos na copa. Como conseqüência da lesão nos feixes vasculares ocorre clorose, murcha, amarelecimento e seca das folhas, abortamento das flores e queda das frutificações fora da época. P. nicotianae var. parasitica causa seca e morte da planta, sendo responsável também por grande percentagem de morte em pomares formados com mudas oriundas de viveiros contaminados.

Controle: É recomendada a utilização de cultivares e/ou porta-enxertos resistentes com objetivo de prevenção à doença.
Para a instalação do pomar deve-se escolher solos bem drenados, não sujeitos a encharcamento; evitar o enterrio profundo das mudas, deixando as primeiras raízes aparecendo; e a enxertia deve ser feita a uma altura sempre maior que 15 cm do colo da planta. Na condução do pomar deve-se realizar a poda dos ramos baixeiros, com o objetivo de promover o arejamento do solo ao redor do tronco; remover a terra no pé do tronco até descobrir parte das raízes mais grossas ("descalçar" o tronco); evitar o acúmulo de ervas e material orgânico junto ao tronco; evitar ferimentos na planta durante a capina e a aração; e após as podas, pincelar os ferimentos com pasta bordaleza ou equivalente, e em áreas de ocorrência da doença pincelar, o tronco a cada dois ou três meses.
Para controle químico, recomenda-se a realização de pulverizações de fungicidas curativos registrados para as culturas, nas plantas atacadas e circunvizinhas a cada três meses até a recuperação da planta, em lesões pequenas deve-se fazer a remoção e posterior pintura com pasta bordaleza ou outra pasta cúprica equivalente.

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