Mancha das folhas do craveiro
Alternaria dianthi
Descrição: O fungo Alternaria dianthi F. Stevens et J.G. Hall é causador da pinta-preta e mancha-das-folhas do craveiro.
As plantações no campo são as mais afetadas, onde o patógeno causa perdas numerosas divido à diminuição no número de ramos por plantas ou até mesmo de plantas completas.
Esta doença ataca fundamentalmente as folhas e o caule, sendo raros os sintomas nas flores.
A doença tem ampla distribuição mundial, com registros na África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Chipre, Escócia, Estados Unidos, Ilhas Virgens, Índia, Jamaica, Malaui, Nova Zelândia, Porto Rico e Rússia.
Alternaria dianthi tem uma alta especificidade pelo craveiro, porém também tem sido encontrado parasitando hospedeiras da família Malvaceae, como Hibiscus esculentus e H. cannabinus.
Sintomas: Os sintomas típicos da doença são as manchas nas folhas e a morte dos ramos e até mesmo da planta inteira.
Os sintomas aparecem primeiro nas folhas infectadas, onde são mais abundantes, e observam-se como numerosas manchas pequenas, púrpuras, evoluindo para lesões maiores, com o centro cinza-amarronzado, no qual formam-se as frutificações do fungo.
Os sintomas são manchas necróticas, marrom-escuras, especialmente acentuadas nos nós onde nascem as folhas. As lesões avançam até circundarem o caule e provocar a morte do ramo.
Bioecologia: O fungo sobrevive nas folhas velhas ou secas e nos restos da cultura infectados deixados no solo do campo ou na estufa.
Os conídios são disseminados a longa distância através das mudas ou das estacas infectadas usadas como material de propagação. Nos campos e nas estufas, os conídios são dispersados pelo vento e respingos da água da chuva ou da irrigação por aspersão.
Chuvas por períodos prolongados e umidade relativa do ar alta, uma lâmina de água livre sobre as folhas e temperaturas moderadamente altas são condições que favorecem o desenvolvimento da doença.
Controle: Não existem referências sobre variedades ou cultivares de cravo com algum tipo de resistência a A. alternata.
As principais medidas de controle utilizadas são a limpeza e desinfecção em geral do campo e da estufa; uso de mudas sadias; evitar plantações muito adensadas, assim como a irrigação por aspersão. Proporcionar uma boa ventilação e temperatura em torno de 25 °C nas estufas para evitar a formação de orvalho na superfície das plantas. As folhas e os ramos com os sintomas característicos da mancha-de-alternaria devem ser eliminados e queimados ou enterrados.