Mancha de ascochyta da ervilha
Ascochyta pisi
Descrição: A mancha de ascochyta da ervilha é uma doença que pode causar sérios problemas nas regiões com invernos chuvosos.
Distribuição: Mancha de Ascochyta tem ampla distribuição mundial.
Sintomatologia: Ascochyta pisi causa lesões principalmente na folha e vagem, algumas vezes na haste e raramente nas raízes. Nas folhas, as manchas são arredondadas ou irregulares, de aspecto zonado, medindo de dois a cinco milímetros de diâmetro, de coloração cinzento-escura no centro e margens castanho-escuras, indefinidas. Tais manchas são isoladas, podendo tomar-se confluentes, e apresentam pontuações pretas que representam os picnídios do fungo. Nas hastes, as manchas são de coloração púrpura e deprimidas, localizando-se principalmente na região do nó. Se a infecção ocorrer em vagens novas, há formação de cancros escuros, que podem atingir as sementes. Em vagens mais velhas, não há formação dessas depressões nas manchas, mas nota-se o aparecimento dos picnídios.
Morfologia do fungo: O fungo produz picnídio globosos, de coloração marrom, imersos em folhas e vagens tornando-se posteriormente erumpente. Os picnídios possuem abertura (ostíolo com abertura 100-200 mm de diâmetro). Os conídios são hialinos, linear ou ligeiramente curvado, septados, pouco cilíndrico com extremidades arredondadas (10-16 x 3-4,5 um).
Manejo da doença: A principal medida de controle é a utilização de sementes sadias produzidas em locais isentos da doença. Deve-se também realizar rotação de culturas com gramíneas, eliminar restos culturais, evitar o plantio em regiões com inverno chuvoso ou com solos mal drenados e os excessos de irrigação. Se necessário realizar pulverizações com fungicidas protetores ou sistêmicos, ou a combinação de ambos.