Mancha-de-cercospora-do pimentão
Cercospora melongenae
Descrição: O fungo Cercospora melongenae Welles é o agente causal da cercosporiose ou mancha-de-Cercospora. Esta doença é considerada secundária, embora possa causar desfolha e enfraquecimento das plantas sob condições favoráveis ao desenvolvimento da doença. A doença afeta também pimenta e berinjela, ocasionando-lhes manchas foliares circulares, marrons, com o centro cinza. A cercosporiose do pimentão tem ampla distribuição mundial, existindo registros de incidência na África do Sul, Birmânia, China, Estados Unidos, Fidji, Filipinas, Ilhas Maurício, Índia, Malaui, Nigéria, Serra Leoa, Somália, Sudão, Taiwan e Zâmbia. Cercospora melongenae é um patógeno específico das solanáceas, tem registros de ataques sobre Capsicum annuum, Solanum melongenae e S. nigrum.
Sintomas: O sintoma típico da doença são as manchas foliares circulares, amarronzadas, com o centro acinzentado. Os sintomas apresentam-se como manchas circulares, marrons, com o centro cinzaclaro, em cuja superfície formam-se as frutificações do fungo, as quais são observadas como pequenos pontos escuros, recobertos de filamentos esbranquiçados, que são os conídios.
Bioecologia: O fungo sobrevive nos restos da cultura caídos no solo. A sobrevivência nas sementes é pouco provável, pois os frutos raramente são atacados no pedúnculo. Os conídios são disseminados pelo vento. Períodos de umidade relativa e temperaturas altas favorecem o desenvolvimento da doença.
Controle: Não há referências sobre variedades ou cultivares de pimentão com algum tipo de resistência à cercosporiose. Mesmo que a transmissão pela semente seja pouco provável é conveniente tratá-la com fungicidas protetores para garantir a ausência deste ou qualquer outro patógeno. Os restos de cultura devem ser retirados das lavouras e queimados para reduzir o potencial de inóculo do patógeno. O uso de fungicidas protetores, aplicados quinzenalmente, providencia boa proteção da lavoura.