Mancha púrpura, Estenfiliose
Stemphylium vesicarium
Descrição: O fungo hiberna sob a forma sexuada Pleospora spp. nas folhas e frutos caídos no solo. As condições favoráveis à evolução desta doença são próximas das descritas para o pedrado. Após um período de 4 a 5 horas de humidade elevada, os esporos iniciam as infecções primárias. O aparecimento dos sintomas é rápido e depende da temperatura de incubação, sendo a óptima cerca de 22-26 C°. Estas condições ocorrem frequentemente durante o Verão. Durante o período de infecção o fungo excreta uma toxina que é responsável pelas lesões descritas.
Danos: Ataca as folhas e os frutos. Nas folhas os seus sintomas são o aparecimento de uma mancha castanha continuada por uma auréola avermelhada.
Estas manchas têm tendência para invadir toda a folha, ao longo da nervura central, causando a sua dessecação e queda. Nos frutos essas pequenas manchas castanhas surgem nas faces mais expostas ao sol, e vão alastrando a todo o fruto se as condições climatérias forem favoráveis à doença. Os sintomas variam conforme a variedade da pereira.
Embora em algumas variedades as lesões pareçam ser apenas superficiais, o interior do fruto pode estar completamente atacado.
A incidência da doença parece estar ligada também à alteração dos esquemas de tratamentos do pedrado, em particular o emprego de substâncias activas que apenas controlam o pedrado e não têm acção sobre a estenfiliose. Depende também das variedades de pereira e do estado de maturação dos frutos.
Esta doença pode causar graves perdas de produção.
Controle: A estenfiliose é um fungo de difícil combate, pois não se conhecem perfeitamente as condições óptimas para o seu desenvolvimento e não existem fungicidas com acção curativa. Os meios de luta cultural preconizados para esta doença são de diversas ordens, nomeadamente: corrigir as cloroses e melhorar a nutrição das árvores; evitar solos húmidos e mal drenados; recolher e eliminar todos os frutos atacados e caídos no solo; enterrar as folhas das árvores atacadas e aplicar produtos que favoreçam a decomposição das folhas, no Outono (pex. ureia).
Em termos de luta química, recomendam-se aplicações preventivas de tirame, desde a queda das pétalas até à colheita - complementando a protecção para o pedrado - sempre que as condições climáticas sejam favoráveis ao desenvolvimento da doença. O período de maior susceptibilidade verifica-se de Maio a Julho, principalmente no caso de ocorrerem precipitações frequentes. O cresoxime- metilo também apresenta alguma acção sobre esta doença.
Produtos fitofarmacêuticos
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