Míldio do tabaco

Peronospora tabacina

A doença ataca geralmente com grande virulência as plantas do tabaco desde a emergência até à colheita, particularmente as folhas jovens.
A doença manifesta-se sob a forma de manchas amareladas e arredondadas na página superior das folhas, a que corresponde um enfeltrado azulado constituído por milhares de esporos e conidióforos na página inferior. No viveiro, o enfeltrado aparece antes mesmo das manchas amareladas, o que dificulta um reconhecimento fácil da doença. Os esporos do míldio do tabaco germinam rapidamente e contaminam a planta em cerca de 12h. Todos os órgãos atingidos, nomeadamente as folhas e as cápsulas florais, serão recobertos pelo enfeltrado, necrosando-se depois. O fungo também penetra no caule, atacando os gomos em via de desenvolvimento.
Os conídios podem penetrar no interior da folha perfurando directamente a epiderme com o auxílio do tubo germinativo. A doença desenvolve-se entre as células, sugando o seu interior. Cerca de 8 a 10 dias depois do início da infecção, os conidióforos saem através dos estomas da face inferior das folhas. Os conídios aparecem ao fim da noite e atingem a sua maturidade desde o nascer do dia. Transportados pelo vento podem disseminar a doença a muitos quilómetros de distância.
Na região mediterrânica a doença passa o Inverno sob a forma esporulante.
Uma vez que a cultura do tabaco visa o aproveitamento das folhas, quando a doença se instala provoca uma enorme depreciação no produto final, ou, até mesmo, a sua destruição.

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