Podridão negra das brássicas
Xanthomonas campestris pv. campestris
A podridão negra é uma das doenças mais importantes nas brássicas, a exemplo da couve, da couve-repolho, da couve-flor ou da couve-brócolo, e é causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. campestris.
Ocorre em todas as regiões de cultivo de couves e pode provocar perdas significativas em termos de colheita e qualidade.
A bactéria afeta plantas em qualquer fase de crescimento. Nas folhas, tornam-se visíveis lesões amarelas em forma de "V" acompanhando as nervuras, que se mostram coloridas de pardo a negro e os vasos lenhosos da folha e do caule ficam enegrecidos, podendo exibir amarelecimento e necrose das folhas. Nos estágios mais avançados ocorre murchidão e queda prematura das folhas e, finalmente, o apodrecimento total da planta.
A bactéria é disseminada pelo vento, chuva, água de rega e por insetos.
A doença manifesta-se em condições de clima quente (25 a 30ºC), sendo o risco de infeção maior em períodos com dias quentes e noites frescas.
No entanto, existem variedades de brássicas disponíveis que têm um elevado nível de resistência.
Durante a cultura, é necessário ter boas práticas culturais, evitando o máximo possível a rega por aspersão.
Um bom controlo das infestantes, a rápida remoção de plantas infetadas e uma rotação de culturas podem reduzir significativamente o risco de danos causados pela bactéria Xanthomonas, que são as únicas formas de evitar ou minimizar a doença.