Verrugose do amendoim
Sphaceloma arachidis
Descrição: A verrugose pode ser confundida com o ataque de tripes e parece haver um aumento na incidência da doença quando não se controla adequadamente essa praga, não se sabendo ao certo qual a razão para isso. Pode haver transmissão pelo inseto, os ferimentos podem facilitar a penetração do patógeno ou simplesmente ocorre coincidência de condições ambientais favoráveis.
Sintomas: Os sintomas manifestam-se em toda a parte aérea das plantas na forma de cancros ou verrugose. Nos folíolos, as lesões são pequenas, arredondadas ou irregulares, isoladas ou confluentes, com centro deprimido e margens salientes. Na superfície superior do limbo foliar, sua parte central, de tonalidade clara, é circundada por uma margem escura, enquanto que na superfície inferior é rosada a pardo-clara, com margem pardo-escura. Tais lesões se encontram localizadas mais freqüentemente junto às nervuras.
Em ataque intenso, pode haver deformação acentuada dos folíolos. Estes sintomas, por serem assimétricos, podem ser diferenciados daqueles ocasionados por tripes. Nos pecíolos e nas hastes as lesões são salientes, ovaladas, maiores (até 3 mm) e mais numerosas, podendo coalescer e ocupar áreas extensas, causando deformação dos órgãos afetados. Plantas severamente afetadas amarelecem e secam prematuramente, com conseqüente redução na produtividade.
Controle: As medidas de controle que reduzem o inóculo inicial, já descritas para as cercosporioses, são também eficientes em retardar o início das epidemias de verrugose. De maneira semelhante ao que acontece para as cercosporioses, existem cultivares resistentes à verrugose como SO.909 e SO.911, citados como resistentes também a mancha preta, porém estes não são de uso comercial. O controle químico recomendado para as cercosporioses, em situações normais, geralmente dá resultados satisfatórios também para a verrugose. Em condições muito favoráveis, apenas os triazóis (propiconazole, tebuconazole, difenconazole e bromuconazole) controlam bem a verrugose.