Ácaro-purpúreo

Panonychus citri

Descrição: Pertencente à família Tetranychidae, o ácaro purpúreo (Panonychus citri) mede 0,5 mm e tem ocorrência esporádica, sendo mais comum nos meses secos do ano. Dias muito quentes, em períodos prolongados de estiagem, limitam seu crescimento populacional.
O ressurgimento deste ácaro tem sido verificado após sucessivas aplicações de produtos de largo espectro de ação, como os piretroides e neonicotinoides.

Sintomas: Os ácaros desta família infestam folhas, ramos e frutos. Os sintomas são reconhecidos por pontos descoloridos, devido à morte das células. Em infestações severas, provocam queda das folhas e secam ponteiros. Esses ácaros tecem teias nas folhas, o que facilita a identificação das infestações.
Nos frutos, os sintomas são vistos geralmente na região da coroa. Os danos nas folhas comprometem a capacidade de fotossíntese das plantas.
Os danos mais intensos ocorrem em períodos de longas estiagens, em função do aumento da população dos ácaros.

Controlo: O controlo pode ser realizado com um vírus de partícula livre, que coloniza todas as suas fases, com exceção dos ovos. A aplicação pode ser com uma suspensão viral preparada a partir de ácaros doentes, na base de 0,1g de biomassa de ácaro por litro de água.
Uma alternativa de controle biológico é o uso do fungo Beauveria bassiana para aplicações localizadas ou em todo o pomar. Para determinar o nível de infestação ácaro, recomenda-se adotar metodologia semelhante à empregada para o ácaro da ferrugem e somente aplicar o acaricida quando for constatada a presença do ácaro em 10% dos frutos ou folhas examinados.
A escolha do produto deve privilegiar o mais seletivo aos inimigos naturais presentes na cultura. A recomendação é que sejam examinadas três folhas já formadas por árvore, considerando infestada aquelas que apresentarem oito ou mais ácaros.

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