Ácaro tarsonemídeo em morangueiro

Phytonemus pallidus

Morfologia: Os tarsonemídeos têm comprimento que varia entre 0,2 mm a 0,3 mm. São esbranquiçados, amarelados ou dourados, brilhantes, com acentuado dimorfismo sexual. As fêmeas são elíticas. Estes, ao contrário, de configuração oval ou pentagonal, têm o quarto par de patas bem desenvolvido, com uma expansão no fémur, terminando numa garra, em P. pallidus. Os ovos são elípticos, translúcidos, lisos, em P. pallidus. É necessário o exame microscópico cuidadoso para uma correta identificação das espécies. P. pallidus, oligófago, tem o morangueiro como principal hospedeiro, mas pode ser encontrado, também, em ornamentais, como o cíclame ou a violeta-africana

Estragos e prejuízos: Embora menos frequentes que os tetraniquídeos e de menores dimensões, quando presentes, causam maiores problemas. De difícil observação, muitas vezes só são detetados após a ocorrência de sintomas e estragos. Originam deformações, enrugamentos, necroses e atrofia das folhinhas, que podem não abrir completamente, com pecíolos curtos, tornando-se descoradas e acastanhadas. A planta adquire aparência densa ou aspeto ananicado, como resultado da dificuldade dos pecíolos se desenvolverem corretamente e dos limbos pequenos e frisados. As flores e os frutinhos podem, também, ser afetados, começando por acastanhar junto à base na parte interna das sépalas, com a consequente progressão da mancha, deformações e, por vezes, a sua morte e o desprendimento da planta. Em situações mais graves, alguns botões florais podem abortar. A ação dos tarsonemídeos pode, pois, conduzir a perdas importantes na produção. Além da absorção do conteúdo celular, a que se segue o colapso das células, contribui para potenciar estes estragos, muito provavelmente, a injeção de substâncias tóxicas na planta durante a alimentação dos ácaros

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