Afídeo verde dos citrinos

Aphis spiraecola

De modo geral, os afídeos possuem o corpo mole, ovóide variando o seu comprimento entre 1 e 4 mm, conforme as espécies. A cabeça, tórax e abdómen são mais ou menos distintos, podendo apresentar coloração diferente. Podem existir formas ápteras e aladas. Os afídeos alados, com dois pares de asas, apresentam a cabeça e o tórax fortemente escleroterizados e uma menor diversidade de formas. As várias espécies que podem causar estragos na cultura apresentam colorações desde o negro, vermelho até ao amarelo claro. As antenas são desenvolvidas, variando o número de sensórios secundários, tamanho das sedas e enfuscação dos artículos antenares. Os tubérculos frontais podem ser paralelos, pequenos (conferindo fronte sinuosa), divergentes ou convergentes.
No caso do A. spiraecola as formas ápteras apresentam coloração verde ou verde-amarelada e as aladas com cabeça e tórax pretos e abdómen verde. A cauda e os sifões são pretos. É uma espécie cosmopolita e muito polífaga tendo como principal hospedeiro primário, onde passa o Inverno, espécies do género Spiraea spp. (sempre-noiva) e, por vezes, algumas pomóideas e hospedeiros secundários, onde se encontra no Verão, citrinos, pomóideas, prunóideas entre outros. A temperatura óptima para o desenvolvimento das suas colónias é de 27ºC. Apresenta várias gerações anuais e nos citrinos é a espécie que provoca estragos mais graves.
A presença dos afídeos na cultura está sujeita aos condicionalismos ambientais e estado fenológico da cultura. São particularmente importantes no período primaveril, podendo surgir infestações com alguma importância no Outono, em pomares desequilibrados ou com condições edafo-climáticas favoráveis. Os afídeos são polífagos, anolocíclicos e heteróicos. Têm reprodução partenogénica, completando um elevado número de gerações sobre este hospedeiro secundário. Os afídeos alados são o foco de contaminação no pomar, dando origem a uma geração áptera que vai infestar a jovem rebentação; os afídeos ápteros podem originar ninfas ápteras ou aladas responsáveis pela sua disseminação no pomar.

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