Afídeos das prunóideas

Brachycaudus spp.

Descrição: Os jovens ramos das prunóideas (ameixeira, amendoeira, damasqueiro e pessegueiro) são infestadas, em Portugal Continental por 14 espécies de afídeos, das quais referenciam-se  Myzus persicae e o género Brachycaudus spp., como os mais importantes pela ocorrência, intensidade e prejuízos que ocasionam. Pterochloroides persicae infesta ocasionalmente as pernadas.

Morfologia: Os afídeos são insectos pequenos, variando o seu comprimento entre 1 a 4 mm e de modo geral, têm corpo mole e com forma ovóide. Existem adultos ápteros e alados da mesma espécie, pos-suindo os afídeos alados, além de dois pares de asas, a cabeça e tórax escleroterizados. As várias espécies possuem coloração variada (desde o negro, vermelho, verde até ao amarelo-claro), mas as mais frequentes são o verde e o negro e podem possuir secreções cerosas sobre o corpo, dando-lhe um aspecto pruinoso.

Sintomas: A colonização dos afídeos das prunóideas está dependente da presença de rebentos florais e foliares (mais importantes) susceptíveis, excepto P. persicae que infesta os ramos e pernadas. Nos rebentos foliares, encontram-se com maior frequência na página inferior das folhas, onde extraem seiva e podem injectar toxinas. As toxinas podem provocar distorções nas folhas - enrolamentos e deformações consoante a espécie considerada; dimi-nuem o crescimento da jovem rebentação; e motivar a queda de flores, afectando a frutificação. Os estragos indirectos relaciona-dos com a actividade dos afídeos prendem-se com a transmissão e dispersão de vírus. A variola-das-prunóideas (sharka), é transmitida de forma não-persistente, por várias espécies de afídeos.

Luta biológica: A estratégia de luta contra os afídeos está, particularmente, condicionada pelo equilíbrio que se pode estabelecer na relação inimigo-da-cultura/auxiliares. Os afídeos podem ser atacados por diferentes parasitóides e predadores, daí que seja importante preservar e fomentar as suas populações e facilitar a sua actividade, através, de entre outras medidas, com a utilização de sebes de multiplicação/refúgio e largada de auxiliares e utilização de produtos fitofarmacêuticos selectivos, pelo que é importante a avaliação e registo da presença de auxiliares quando se realiza a monitorização.

Luta cultural: Utilizar sebes para fomentar a população de inimigos naturais e constituição de refúgio; Evitar adubações azotadas em excesso; Realizar poda em verde para eliminar rebentos ladrões e equilibrar a árvore; Eliminar focos de infestação.

Luta química: A utilização deste meio de luta, deve ter em consideração a biologia do afídeo, em especial a geração em que se encontra e a presença de auxiliares.

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