Bichado da ameixeira

Cydia funebrana

O adulto tem 13 a 15 milímetros de envergadura, com as asas anteriores triangulares, estreitas na base, de cor cinzenta escuro com 4 pequenos pontos pretos horizontais e asas posteriores cinzentas. A parte inferior do corpo é cinzenta.

Os ovos achatados e esbranquiçados encontram-se isolados na parte inferior dos frutos.

A larva com 10 a 12 milímetros são cor de rosa, sendo ventralmente mais pálidas com sedas finas distribuídas sobre o corpo, inseridas em pequenos discos mal visíveis. A cabeça é castanha escura; não tem nenhuma placa torácica e somente alguns pontos acastanhados.

A fase de pupa ocorre num casulo sedoso sob a casca dos ramos ou em local abrigado à superfície do solo.

O voo deste lepidóptero da família Tortricidae corre ao crepúsculo, efectuando posturas com temperaturas superiores a 15ºC, na página inferior das folhas, próximo dos rebentos jovens entre Abril/Maio até Setembro/Outubro. Após a eclosão, a larva penetra no rebento jovem junto à axila da folha, perfurando o ramo até ao ponto de inserção. O desenvolvimento larvar dura 2 – 3 semanas, consoante a temperatura, sendo de 7 a 14 dias na Primavera, 3 a 6 dias no Verão e 20 dias no Outono. Uma só larva pode perfurar vários rebentos, sofrendo depois metamorfoses num casulo espesso, sob a casca dos ramos ou sob um abrigo à superfície do solo. Em Setembro, entra em diapausa num casulo sedoso no tronco ou no solo.

A 1ª geração ataca frutos enquanto a 2ª e 3ª comem a polpa em volta do caroço. Durante a formação da galeria, a larva liberta excrementos, o que provoca uma reacção da planta através da produção de uma exsudação gomosa, levando em certos casos à morte da planta. Os estragos são essencialmente provocados pelas 2ª e 3ª gerações. Nas variedades tardias, os estragos são geralmente pouco visíveis, movimentando-se a larva na direcção do caroço, sem que haja qualquer perfuração visível. Já nos rebentos, os prejuízos podem ser importantes em viveiro ou em enxertia de escudo, em Setembro.