Cochonilha de pinta amarela

Chrysomphalus dictyospermi

Esta cochonilha de pinta amarela também pertence à família Diaspididae. O ovo apresenta coloração amarelo pálido, semitransparente, passando a amarelo intenso quando próximo da maturação. A ninfa móvel apresenta forma oblonga, coloração amarela, três pares de patas e um par de antenas e olhos. A ninfa do 1º instar após a eclosão é móvel permitindo que se disperse, mas pouco tempo depois fixa-se e perde os apêndices isto é, patas e antenas e cobre-se com uma secreção cerosa esbranquiçada para evitar a dessecação. Após a primeira muda, a ninfa do 2º instar apresenta coloração parda e o escudo exterior. A ninfa do 3º instar, devido a ter sofrido mais uma muda, apresenta um escudo maior. O corpo da ninfa do 3º instar é de cor amarelo vivo. A fêmea do 1º instar apresenta um corpo com coloração amarelo limão e uma dimensão de 0,6 mm a 0,9 mm de diâmetro e o escudo apresenta-se completamente aderente ao hospedeiro vegetal e mede 1,0 mm de diâmetro. O escudo da fêmea do 2º instar apresenta um prolongamento sedoso com uma tonalidade mais clara e ténue, correspondente às últimas secreções, com coloração avermelhada e mede 1,4 mm, enquanto o corpo apresenta coloração amarela e mede 0,85 mm. O escudo da fêmea do 3º instar pode alcançar 2,0 mm de diâmetro, sendo possível levantar a sua parte posterior para a saída das ninfas móveis. O corpo da fêmea do 3º instar pode medir 1,5 mm e apresenta uma forma reniforme. A fêmea no final do seu ciclo apresenta-se enrugada e com falta de turgescência, a sua coloração escurece e encontra-se adjacente ao córion dos ovos eclodidos. O desenvolvimento dos machos compreende os estados de pré-pupa e pupa a seguir ao estado de ninfa do 3º instar. A pré-pupa apresenta um escudo sub-circular de 0,7 mm e coloração castanho escura, enquanto na pupa já são visíveis os rudimentos das asas, patas e antenas. O macho adulto apresenta um par de antenas compridas e finas, um par de olhos muito juntos e de cor negra, um par de asas membranosas e outro par transformado em halteres e o seu corpo tem coloração amarelo-alaranjada.
Esta espécie também é polífaga surgindo em diversas culturas como citrinos, oliveiras, figueiras, abacateiro entre outras. Hiberna como fêmeas e ninfas do 2º instar, sendo este último o estado dominante e são estas ninfas que na Primavera se transformam em fêmeas. As posturas ocorrem em Março-Abril e dão origem à primeira geração. A capacidade de postura de cada fêmea varia entre 100 a 150 ovos durante um período de aproximadamente 40 dias, enquanto no Verão este período reduz para 26 dias. As ninfas do 1º instar submete-se à primeira muda ao fim de 8 dias. Os segundos e últimos instares ninfais ocorrem em aproximadamente 13 dias. Mas, são necessários mais 23 dias para a fêmea atingir a sua maturidade sexual e ser capaz de colocar ovos. Os machos tornam-se sexualmente maduros mais rapidamente. Um ciclo completo de C. dictyospermi pode durar 40 dias.
Geralmente, ocorrem 3 gerações ocorrem por ano, mas pode surgir uma quarta geração sob determinadas circunstâncias climáticas (Outono ameno). Os indivíduos desta geração terão dificuldades em sobreviver durante o Inverno. A primeira geração surge na Primavera seguida por uma segunda em Junho enquanto que a terceira não aparece antes do fim de Agosto. As ninfas móveis estabelecem-se na Primavera sobre a página superior das folhas velhas, e mais tarde, em lançamentos e frutos novos. A área em volta da cochonilha fica amarela em consequência da actividade alimentar. As folhas muito infestadas secam e caem. Os frutos infestados ficam deformados. Também pode ocorrer à semelhança dos estragos referidos para outros diaspidídios enfraquecimento da árvore e desvalorização comercial dos frutos.