Escaravelho-vermelho
Rhyncophorus ferrugineus
Descrição: O escaravelho-vermelho (Rhynchophorus ferrugineus) é um gorgulho. É relativamente grande, entre dois e cinco centímetros de comprimento, e tem uma cor vermelho-ferrugem. Suas larvas escavam buracos de até um metro de comprimento no estipe (o tipo do caule das palmeiras) das palmeiras, podendo matar a planta hospedeira. Como resultado, o besouro é uma importante praga das palmeiras e seu controle tem se demonstrado bastante complicado. Originário da Ásia tropical, o escaravelho vermelho se espalhou para a África e Europa, atingindo o Mediterrâneo em 1980.
Sintomas de infestação: Os primeiros sinais de infestação são os orifícios no tronco e as folhas cortadas. Os sons das larvas a escavarem o tronco e a alimentarem-se pode-se ouvir quando se aproxima o ouvido do tronco da palmeira. Existem também equipamentos eletrónicos de amplificação sonora que são utilizados para inspecionar as árvores. Numa fase seguinte, a coroa da palmeira perde o vigor, com as folhas mais novas a pender e a secar, ficando com forma achatada e cor castanha. Seguem-se as folhas da parte de baixo da coroa. Quando estes sintomas começam a ser visíveis, a palmeira já está infestada há algumas semanas e os seus tecidos vasculares internos já estão danificados, sendo já muito difícil recuperar a palmeira que, provavelmente, morrerá. Podem observar-se ainda infeções secundárias por bactérias e fungos oportunistas que, aproveitando as feridas causadas pelo escaravelho, aceleram o declínio. Uma Palmeira pode estar infectada também sem que quaisquer vestígios aparentes sejam visiveis, só com uma grande inspecção pormenorizada se pode eventualmente detectar a infestação.
Controlo: O principal método de controlo da praga é a aplicação sistemática de inseticidas em túneis escavados cerca de 5 cm acima das zonas infestadas do estipe. A praga pode ser monitorizada pela utilização de armadilhas com feromonas. Formas de controlo alternativo incluem descontaminação de zona e utilização maciça de armadilhas de feromonas e outros compostos químicos. Estão em desenvolvimento novas tecnologias, incluindo bio-inseticidas, para controlar esta forte praga das palmeiras.
Prevenção: Uma vez que o escaravelho prefere pôr ovos nos tecidos mais tenros da palmeira, evitar a existência de cortes e feridas no estipe pode ajudar a reduzir a infestação, pelo que se devem cobrir as feridas ou cortes com produtos apropriados para cicatrização e proteção. Também se deve evitar o transporte e movimentação de folhas ou restos de palmeiras infetadas, que devem ser eliminadas no local. O escaravelho entra também pelos orificios das palmas cortadas desde o chão até ao cume, o que só e apenas as injecções localizadas não surtem o efeito desejado.
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