Moscas das frutas
Anastrepha spp.
Descrição: A mosca das frutas é de cor amarelada, corpo amarelo mais escuro e asas transparentes, com manchas escuras de desenho característico.
A larva varia da cor branca à branco-amarelada e têm corpo liso, sem pernas, não se distinguindo claramente a cabeça, que fica na parte fina do corpo. A parte posterior termina abruptamente, sem afilar. As larvas, quando totalmente desenvolvidas, medem cerca de 7 a 9 mm de comprimento.
Danos: O dano causado pela mosca das frutas ocorre exclusivamente no fruto. A larva forma galerias que, posteriormente, se transformam em uma área úmida, em decomposição, de cor marrom
Controlo: Algumas medidas podem ser tomadas fora e dentro do pomar como forma de auxílio no controle da mosca das frutas, a seguir relacionadas:
- Eliminar plantas silvestres que sejam, constantemente, infestadas pela mosca, ou usar seus frutos para preparar suco para isca ou alimentação animal.
- Usar isca tóxica e/ou armadilha nas plantas silvestres infestadas.
Retirar os frutos temporões. Nunca deixá-los amadurecer na planta, pois, certamente, serão atacados pela mosca e constituirão foco de infestação. Esses frutos podem, entretanto, funcionar como armadilhas, pois, sendo atacados e depois eliminados, interromperão o ciclo da mosca.
- Eliminar do pomar os frutos caídos ou refugados. Aconselha-se enterrar tais frutos cerca de 20 a 30 centímetros de profundidade. Esses fruto, também podem ser usados para elaboração do suco para as armadilhas ou da isca tóxica.
Em ameixa, o ataque inicia-se logo no começo do desenvolvimento dos frutos (frutos com 2-3 cm de diâmetro). Quando o ataque ocorre neste estágio, não há o desenvolvimento da larva no interior do fruto, mas provoca, entretanto, a queda deste.
A isca tóxica constitui-se de uma solução de açúcar ou sucos de fruta, com a adição de um inseticida. Sucos de laranja, pêssego, nêspera, ameixa, entre outros, adoçados na razão de 5kg de açúcar cristal para 100 litros de líquido, constituem-se em excelentes veículos para a aplicação de isca tóxica. Os melhores inseticidas para uso em isca tóxica são: diazinon, dimetoato, etion, fenitrotion, fention, malation, mevinfós e triclorfon. A aplicação deve dar-se diretamente sobre as folhas, numa faixa de cerca de 1m de largura e no lado do sol da manhã. Aproximadamente 150 ml de isca tóxica são suficientes para se cobrir essa faixa da planta. Aplica-se com pulverizadores comuns, com gota de pulverização grossa. Isso se consegue aumentando a saída de líquido e diminuindo-se a pressão do pulverizador.
A pulverização em cobertura total das plantas deve ser adotada quando o ataque acontecer logo no inicio do desenvolvimento dos frutos. Para esse tipo de aplicação, usa-se um inseticida que tenha ação de profundidade, ou seja, que mate as larvas nascidas e as que venham a nascer no interior do fruto nos dias seguintes à pulverização. Dentre os inseticidas recomendados para esse tipo de pulverização, destacam-se: dimetoato, fenitrotion, fention, formation, mevinfós e triclorfon. É necessário observar, rigorosamente, o período de carência do produto, ou seja, o número de dias que devem ocorrer entre a aplicação e o início da colheita.