Tetranychus cinnabarinus
Tetranychus cinnabarinus
Descrição: Atacam, geralmente, a página inferior das folhas e pecíolos, picam os tecidos e sugam o conteúdo celular, dando origem ao aparecimento de cloroses e de bronzeamento. Formam teias para se protegerem das condições adversas, reduzem o crescimento vegetativo da planta, podendo, até, provocar a sua morte. As condições favoráveis são temperatura elevada e baixa humidade relativa. Os primeiros focos em morangueiro surgiram em Janeiro, em plantas localizadas junto à entrada do multitúnel e, posteriormente, nas aberturas laterais. Na cultura de framboesa a praga surgiu em Junho.
Os ácaros dispersam-se através do vento e pelo contacto entre plantas. Podem sobreviver nas estruturas das estufas, bem como no equipamento de um ano para o outro. As condições climatéricas ocorridas em 2007 mostraram-se mais favoráveis à propagação da praga.
Luta cultural e preventiva: Se a praga atinge poucas plantas deve proceder-se à eliminação das mesmas. Recomenda-se a rega por nebulização em períodos estivais, pois evita a eclosão de ovos, mas terá de ser bem gerida para não dar origem a podridões (e.g., botrytis).
Luta biológica: Recorreu-se à largada de ácaros predadores, Phytoseiulus persimillis Athias-Henriot e Amblyseius californicus (McGregor), doseados em 3,84/m2 .
Limitação natural: Verificou-se a presença de larvas de sirfídeos e de cecidomiídeos (Aphidoletes aphidimyza e Feltiella sp.), de larvas e adultos de coccinelídeos do género Stethorus, que todavia se revelaram insuficientes para debelar a praga, por esta ter capacidade reprodutiva superior e a presença dos auxiliares ser baixa.
Luta química: Aplicou-se no morangueiro abamectina de forma localizada e fez-se um tratamento generalizado. Na framboesa foi aplicado o clofentezina.