Caruru de espinho
Amaranthus spinosus
Espécie herbácea anual que se desenvolve em todo o País, instalando-se em áreas hortícolas, a exemplo dos cultivos de batata, tomate e cenoura. Aparece com frequência em pomares de laranja, lavouras de banana, mamão, goiaba, manga e maracujá. Hospedeira alternativa do Begomovirus do tomate, associado à presença da mosca-branca Bemisia tabaci raça B e de pulgões da espécie Aphis gossypii. A infestação pode ser inibida por meio do plantio de milheto, Pennisetum glaucum e da crotalária, Crotalaria spectabilis. Fornece pólen para abelhas.
Apresenta caule ereto, muito ramificado e de coloração verde ou avermelhada. Folhas simples, com pecíolo em igual cor, limbo lanceolado com margem levemente ondulada ou inteira e com pequena ponta no ápice. Inserem-se no caule alternadamente, onde aparecem 2 espinhos em cada axila de folha. Inflorescência axilar e terminal do tipo espiga de glomérulos, com eixo principal avermelhado. As flores são de sexo separado, ficando as masculinas nas pontas das inflorescências e as femininas na base. Tanto as masculinas como as femininas são rodeadas por brácteas e 5 tépalas de coloração amarelada ou esverdeada, ou até em tons róseos, as quais substituem o cálice e a corola de cada flor. Fruto seco indeiscente. Propaga-se por meio de sementes.
Planta invasora muito disseminada pelo país, ocorrendo, principalmente em pastagens, jardins, próximo a estábulos, em lavouras perenes, terrenos bladios e eventualmente em culturas anuais. Devido ao seu caráter espinhento, é bastante temida em lavouras. É uma planta nativa da América Tropical, estando hoje espalhada em 44 países. Altamente prolífica, uma única planta pode produzir até 235 mil sementes de elevada taxa de germinação.