Cordão de frade

Leonotis nepetifolia

Espécie herbácea anual, vegetando em áreas agrícolas, a exemplo daquelas destinadas à implantação de fruticultura. Fornece abrigo e alimentação para ninfas e adultos da mosca-branca, Bemisia tabaci raça B, responsável pela transmissão do Begomovirus para outras culturas. Hospedeira do fungo Verticillium dahliae, que causa a murcha-vascular no tomate, berinjela, jiló, quiabo, morango e cacau, e ainda de ácaros do gênero Brevipalpus. Considerada planta apícola por fornecer pólen e néctar para abelhas.
Apresenta caule ereto, verde, quadrangular, canaliculado, cujos canalículos possuem linhas de coloração verde-escura bem visíveis, revestido por indumento de pelos quase invisíveis à vista desarmada, pouco ramificado na porção superior da planta, onde os internódios são mais desenvolvidos. Folhas opostas cruzadas, longo-pecioladas. Limbo com formato ovalado para as folhas situadas junto aos nós e lanceolado para as situadas junto às inflorescências, ambas com margens serreadas. Inflorescência do tipo glomérulo, localizado ao redor do caule na porção superior da planta, caracterizado por apresentar flores desprovidas de pedúnculo, muito próximas entre si, aglomeradas e de configuração mais ou menos globosa. Flores numerosas, cálice persistente com tubo ligeiramente curvo, constituído por sépalas soldadas, corola bilabiada, alaranjada e também com tubo ligeiramente curvo. Androceu com 4 estames e gineceu com estigma bífido. Fruto seco de coloração castanha na maturação. A planta pode ser facilmente identificada em campo pelos grandes glomérulos espinescentes que circundam os nós caulinares. Propagação por meio de sementes.
Planta invasora medianamente frequente em solos cultivados com lavouras anuais e permanentes. É comum na planície litorânea.