Joá de capote, Quintilho, Balão
Nicandra physaloides
Espécie subarbustiva anual. Ocorre com muita frequência em áreas olerícolas, a exemplo dos cultivos de batata, beterraba, cebola e tomate. Ocorre também em áreas ocupadas por fruticultura e na cultura do amendoim. Abriga os tripes Selenothrips rubrocinctus e Frankliniella schultzei, que atacam a manga. Forma compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento da alface. Planta apícola.
Apresenta caule verde, pouco tetrágono, canaliculado, ramos com tendência a ramificação dicotômica. Folhas alternadas helicoidais, simples, pecioladas e com o limbo muito desenvolvido e de forma ovalada, margens muito irregularmente recortadas ou serreadas. Flores isoladas, axilares, pedunculadas, cálice com 5 sépalas soldadas que continuam o crescimento para isolar o fruto em desenvolvimento, corola de tubo reto, largo, com 5 lobos de coloração variando do branco ao lilacino. Androceu com 5 estames e gineceu pluricarpelar, inclusos no tubo. Fruto carnoso, globoso do tipo bacoide, localizado internamente ao cálice concrescente, que se torna paleáceo e se abre na maturação do fruto. Assemelha-se muito com as espécies do gênero Physalis, as quais possuem folhas com pecíolo cilíndrico, enquanto esta possui o pecíolo levemente alado. Propaga-se por meio de sementes.
Espécie infetante bastante comum, principalmente de pomares, lavouras anuais e perenes, terrenos baldios, pastagens e beira de estradas. Produz grandes quantidades de sementes que permanecem no solo à espera de condições para germinarem. Prefere solos argilosos e úmidos. A espécie contém compostos tóxicos, e pode hospedar nematóides, como os do gênero Meloidogyne.