Poaia
Richardia brasiliensis
Espécie herbácea anual, vegetando em áreas com culturas de batata, cenoura, entre outras. Ocorre também em pomares de laranja e goiaba, quadras de maracujá e nos cultivos de banana, manga, pêssego e uva. Abriga espécies de tripes do gênero Liothrips e ainda ácaros do gênero Brevipalpus. Forma compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento do eucalipto.
Apresenta caule prostrado, muito ramificado, cilíndrico ou quadrangular, verde ou com forte pigmentação acastanhada, revestido por um indumento de pelos brancos e com os nós e entrenós bem desenvolvidos. Os ramos terminais que transportam a inflorescência tendem a ser dicótomos ou tricótomos. Folhas opostas cruzadas, com pecíolo muito curto ou ausente. Entre a base das folhas opostas evidencia-se um par de estípulas de coloração branca com ápice cerdoso. Limbo carnoso, largo-lanceolado, recoberto por pilosidade baixa e macia ao tato. Inflorescência do tipo glomérulo, localizada sempre no ápice dos ramos. Glomérulos assentados sobre um invólucro de 4 ou 2 brácteas opostas, quando 4, 2 maiores e 2 menores, foliáceas, sésseis e com numerosas flores de coloração branca, que se abrem do centro para a periferia. Flores desprovidas de pedúnculo, cálice com 5 a 6 sépalas soldadas e persistentes no fruto, corola com 5 a 6 pétalas soldadas na base, formando um pequeno tubo. Androceu constituído por 6 estames e gineceu tricarpelar. Fruto esquizocarpo constituído por 3 mericarpos. Diferencia-se de outras espécies do mesmo gênero levando-se em consideração as seguintes características: R. grandiflora apresenta flores maiores e de coloração rósea ou rosada. R. scabra apresenta folhas recobertas por pilosidade áspera ao tato e limbo lanceolado típico. Propaga-se por meio de sementes.
Planta invasora muito comum, investando lavouras anuais, pomares, cafezais, culturas perenes, jardins, e terrenos bladios. Apresenta grande vigor vegetativo, cobrindo completamente o solo infestado.