Rubim

Leonurus sibiricus

Espécie herbácea, anual ou bianual. Ocupa áreas com culturas anuais ou perenes, áreas olerícolas e áreas frutícolas. Ocorre com frequência em pomares de laranja e goiaba, quadras de maracujá e em cultivos de banana. Forma compostos alelopáticos que inibem o desenvolvimento da alface. Hospedeira do Leonorus mosaic virus – LeMV –, transmitido para determinadas culturas por meio da mosca-branca. O pó da planta tem ação repelente para adultos do caruncho, Zabrotes subfasciatus, em grãos de feijão armazenado. Considerada planta apícola por fornecer néctar e pólen para abelhas. 
Apresenta caule ereto, verde, quadrangular, canaliculado, revestido por indumento de pelos quase invisíveis à vista desarmada, pouco ramificado na porção superior da planta. Folhas opostas cruzadas, as da base longo-pecioladas e inclinadas para baixo. Limbo profundamente recortado em plantas mais velhas. Inflorescência do tipo glomérulo, localizado ao redor do caule na porção superior da planta, caracterizado por apresentar flores desprovidas de pedúnculo, muito próximas entre si, aglomeradas, de configuração mais ou menos globosa, cujo cálice é persistente, resistente e, na maturação, paleáceo. Flores numerosas, cálice com tubo ligeiramente curvo, constituído por 5 sépalas soldadas, corola bilabiada róseolilacina também com tubo ligeiramente curvo, lábio inferior constituído por 3 lobos e o superior com 1 lobo côncavo. Androceu com 4 estames e gineceu com estigma bífido. Fruto seco do tipo antrocarpáceo, de coloração escura na maturação. A espécie pode ser reconhecida em campo pelas folhas altamente recortadas e cromáticas e pelos glomérulos mais laxos. Propagação por meio de sementes.
Planta invasora muito frequente em pomares, cafezais e cultivos anuais, principalmente quando realizados em solos argilosos, onde pode formar grandes infestações.