Uva-de-rato

Phytolacca americana

Generalidades: Phytolacca americana L., conhecida pelo nome comum de uva-de-rato, é uma planta herbácea vivaz da família Phytolaccaceae, nativa do leste da América do Norte, mas actualmente encontrada na generalidade das regiões de clima temperado, onde por vezes é uma invasora. Embora em geral não exceda 1 m de altura, em condições muito favoráveis cresce até aos 3 m. Apresenta ramos brandos e caules endurecidos, verdes a roxos, produzindo no final do verão e no outono cachos de frutos de cor negra a azulada. Apesar de ter partes comestíveis, a planta produz diversas toxinas, algumas das quais fatais quando ingeridas por humanos.

Descrição: Esta é uma espécie de planta grande e forte (até 3 m de altura), caules avermelhados, folhas grandes e inteiras e flores esbranquiçadas em inflorescências racemosas lineares, inicialmente erectas, caindo gradualmente à medida que os frutos amadurecem. A flores têm em geral 10 estames e 10 carpelos. Os frutos são bagas carnudas, pretas a azuladas, com epicarpo enrugado quando maduros, resultantes da coalescência dos carpelos na maturação.
A plântula desenvolve rapidamente uma forte raiz napiforme. No inverno, a parte aérea da planta seca completamente, para reaparecer em torno de abril-maio ​​a partir de um forte turião. A planta cresce em áreas de florestas húmidas, em particular em matas ripícolas, e nas margens dos campos cultivados e nas bermas das estradas, preferindo solos ricos pouco mobilizados e áreas de ruderetum ricas em nitratos. Somente as urtigas e silvas parecem resistir à forte competição que resulta do adensar das populações desta planta.
A espécie é originária da região temperada do leste da América do Norte, sendo inicialmente considerada como pertencente à família das Solanaceae. Foi introduzida como planta cultivada, ou como acidental, na generalidade das regiões temperadas, onde ganhou carácter ruderal, sendo particularmente agressiva nas regiões de clima mediterrânico, onde por vezes é considerada planta invasora e praga agrícola. Nas últimas décadas tem invadido áreas florestais na França e no resto da Europa, merecendo a classificação de praga vegetal por parte da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).
A toxicidade da baga está comprovada, devendo-se ao seu elevado conteúdo em saponina, apesar de ser consumida em grande quantidade pelas aves, sem qualquer efeito tóxico detetável. A toxicidade das folhas é controversa, mas existem relatos de serem, por vezes, fatais para os cavalos.

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