Podridão-amarga

Greeneria uvicola

Cultura: Uva

Sinonímia: Greeneria fuligineum Lams-Scrib. & Viala, Myrothecium convexum Berk. & M.A. Curtis e Phoma uvicola Berk. & M.A. Curtis.

Descrição: G. uvicola é um parasita fraco, mas quando os frutos são infectados apresentam gosto amargo, impedindo a comercialização do produto. Todos os órgãos aéreos das espécies da videira Vitis munsoniana e V. rotundifolia são suscetíveis à infecção, e a doença é bastante severa.

Sintomas: A podridão das bagas é o sintoma que caracteriza a doença, dando gosto amargo e assim o fruto não serve para ser consumido à mesa e nem mesmo para vinificação. Quando a infecção ocorre nos ramos novos, as folhas apresentam manchas necróticas salpicadas e cachos com podridão, posteriormente ocorre a morte do galho. Os frutos apresentam coloração parda, com pontuações pretas (acérvulos) dispostas em círculos. Alta umidade e calor favorecem o rompimento dos acérvulos, liberando uma massa negra e mucilaginosa (conídios). As bagas então apodrecem e caem. Quando a contaminação é de pós-colheita, os sintomas são observados durante o transporte ou no local de armazenamento.

Bioecologia: A sobrevivência do fungo ocorre em tecidos senescentes de folhas e bagas caídas no solo, cascas velhas de ramos e em pedicelos. Os esporos formados a partir dos ramos mais velhos servem como inóculo primário, infectando os ramos jovens.
Os respingos de chuva dissolvem a massa mucilaginosa dos acérvulos e transportam os conídios para novos sítios de infecção. A infecção ocorre a partir de 12 até 36 °C, com intervalo ótimo situando-se entre 28 a 30 °C.

Práticas culturais: Eliminação dos ramos doentes e frutos mumificados com objetivo de reduzir o inóculo inicial da doença.

Controle químico: Em variedades suscetíveis e períodos chuvosos, deve-se pulverizar as plantas na época da maturação dos cachos com fungicidas protetores (hidróxido de cobre ou mancozeb).

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