Podridão brancam das espigas

Stenocarpella maydis

Descrição: Stenocarpella maydis (Berk.) B.C. Sutton tem como sinônimos Diplodia maydicola Speg., Diplodia maydis (Berk.) Sacc., Diplodia zeae (Schw.) Lev., Diplodia zeae-maydis Mechtijeva, Hendersonia zeae (Schw.) Haszl., Macrodiplodia zeae (Schw.) Petrak & H. Syd. apud Petrak, Phaeostagonosporopsis zeae (Schw.) Woronichin, Sphaeria maydis Berk. e Sphaeria zeae Schw.
A podridão-branca-da-espiga é considerada a mais destrutiva dentre as que atacam as espigas do milho, e é causada por duas espécies de fungo: Stagonospora maydis e S. macrospora Earle.
A doença está amplamente distribuída em nível mundial, sendo particularmente destrutiva em regiões com alto regime pluviométrico. Embora esteja distribuída em quase todo o território brasileiro, as maiores incidências ocorrem nos estados da região Sul.

Sintomas: ESPIGAS: As folhas das espigas infectadas no começo da sua formação apresentam um aspecto alvejado ou cor de palha. Quando a infecção acontece durante as duas primeiras semanas após a floração, a espiga completa torna-se marrom-acinzentada e enrugada muito rápida e termina apodrecendo totalmente. A infecção geralmente começa na base da espiga, propagando-se progressivamente para o ápice. As espigas mais leves ficam em posição vertical, favorecendo assim a entrada da água da chuva e com isto criando condições propícias para o desenvolvimento do fungo, que ataca todas as folhas da espigas, as quais aparecem grudadas entre si, por causa do crescimento do micélio entre elas. Observa-se, também, o aparecimento de picnídios negros sobre as folhas da espiga, as brácteas florais, o tecido do sabugo e nas laterais dos grãos. Se a infecção é mais tardia, as espigas não mostram sintomas externos, mas o fungo pode encontrar-se crescendo entre os grãos, sendo que estes apresentam o ápice descolorido.
SEMENTES: Os grãos apresentam uma coloração pálida e grande quantidade de picnídios pretos na sua superfície e no sabugo.

Bioecologia: Os picnídios do fungo podem sobreviver nos restos de colheita no solo, e como esporos e micélio sobre as sementes.
Os esporos são expelidos através do ostíolo quando há condições favoráveis de alta umidade, sendo então disseminados pelos respingos da chuva e levados pelas correntes do vento, ou provavelmente pelos insetos para as espigas em formação.
O desenvolvimento da doença é favorecido por um ambiente de secura no começo da lavoura, seguido de um período chuvoso antes e depois da floração, permanecendo as espigas suscetíveis até umas três semanas mais tarde.
O ataque de pássaros à lavoura, alimentando-se dos grãos do extremo apical da espiga, favorece também a entrada do fungo e o posterior desenvolvimento da doença. Os híbridos com pericarpo fino são bastante suscetíveis.

Controle: Uso de variedades e híbridos resistentes. Uma adequada programação da época da semeadura, visando que a floração e colheita não coincidam com a época mais úmida, é também uma medida eficiente para evitar ataques mais severos dos fungos causadores da doença.
Devido ao ataque do fungo, o desenvolvimento da doença pode continuar a progredir ainda após a colheita se as espigas ou grãos são armazenados com excesso de umidade, é de grande importância que tanto as espigas quanto os grãos sejam secados até atingirem menos de 15% de umidade.

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