Serenade

Fabricante
BAYER
Categoria
Fungicidas
Registrado até
N/A
Número de registo
3911
Materiais ativos

INSTRUÇÕES DE USO
SERENADE é um fungicida bactericida microbiológico que possui múltiplos modos de ação. Os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713 presentes na formulação atuam na membrana celular das estruturas reprodutivas do fungo, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo junto ao sistema radicular. É usado em pulverização preventiva no controle de doenças.

DOENÇA, DOSES, NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO
Mancha-dealternaria (Alternaria dauci) dose produto comercial 1-2 L/há. Para culturas como cenoura e coentro, iniciar as aplicações preventivamente quando as condições para o desenvolvimento da doença forem favoráveis, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
Mancha-púrpura (Alternaria porri) dose produto comercial 2l/100 l agua. Para culturas como alho, cebola e cebolinha, iniciar as aplicações preventivamente quando as condições para o desenvolvimento da doença forem favoráveis, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
Mofo-cinzento (Botrytis cinerea) dose produto comercial 2 a 4 L/há.
- Para culturas como alface, cebola, batata, berinjela, couveflor, eucalipto, feijão, feijão-vagem, girassol, pimentão e tomate iniciar as aplicações preventivamente quando as condições para o desenvolvimento da doença forem favoráveis, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como o citros, iniciar as aplicações preventivamente desde a pré-florada (fase palito de fósforo) até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como o morango, iniciar as aplicações preventivamente desde a florada até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como a uva, iniciar as aplicações preventivamente ainda durante a fase vegetativa (brotação a partir de 40 cm de comprimento), objetivando as flores e principalmente a parte interna dos cachos antes que esses se fechem e dificultem o molhamento interno. Prosseguir com as aplicações até a pré-colheita direcionando para as folhas, flores e parte interna dos cachos.
- Para flores como antúrio, azaleia, begônia, brinco de princesa, cravo, crisântemo, dália, hortênsia, lírio, orquídeas, rosa, tulipa e violeta, iniciar as aplicações preventivamente desde a pré-florada até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para frutíferas como caqui, maçã, manga, pêssego e pera, iniciar as aplicações preventivamente desde a pré-florada até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) dose produto comercial 2 a 4 L/há.
- Para culturas como café e citros, iniciar as aplicações preventivamente desde a pré-florada até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como a alho, cebola, fumo iniciar as aplicações preventivamente quando as condições para o desenvolvimento da doença forem favoráveis até a pré- colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como abacate, berinjela, chá, caju, caqui, goiaba, jiló, manga, mamão, maracujá, marmelo, nêspera, noz pecã, pera, pêssego, pimenta, pimenta-do-reino, pimentão, seringueira, tomate, iniciar as aplicações foliares preventivamente desde o aparecimento da panícula floral, na pré-florada, início da frutificação até a pré-colheita, quando as condições para o desenvolvimento da doença forem favoráveis, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para flores como helicônia, hortênsia, orquídeas, iniciar as aplicações preventivamente desde a pré-florada até a pré- colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para culturas como a uva, iniciar as aplicações preventivamente no florescimento, objetivando as flores e os cachos, prosseguir com as aplicações até a pré-colheita, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
- Para frutíferas como a maçã, iniciar as aplicações preventivamente quando as condições climáticas forem favoráveis a ocorrência da Mancha-foliar-da-Gala, geralmente a partir de outubro ou com frutos a partir de 3 cm de diâmetro até a pré-colheita.
Podridão-olho de-boi (Cryptosporiopsis perennans) dose produto comercial 2 a 4 L/há. Na cultura da maçã, iniciar as aplicações preventivamente quando as condições climáticas forem favoráveis à ocorrência da doença. Para um melhor controle em pós colheita realizar a última aplicação na pré-colheita.
Amarelão Tombamento (Pythium ultimum) dose produto comercial 2 L/há. Para culturas como fumo e melão, iniciar aplicações na sementeira diluído em água na forma de rega, prosseguindo no campo semanalmente em jato dirigido planta a planta (esguicho) de forma que o produto atinja o caule e escorra até o solo.
Oídio (Sphaerotheca macularis) dose produto comercial 8 ml/L agua. Para culturas como morango, tanto semi-hidropônico como em túneis, iniciar as aplicações de forma preventiva a partir do início do florescimento em aplicações semanais, proporcionando uma boa cobertura e penetração do produto.
Mofo-branco, Podridão-de-Sclerotínia (Sclerotinia sclerotiorum) dose produto comercial 2 a 4 L/há.
- Para culturas como Abóbora, Alcachofra, Alface, Almeirão, Amendoim, Áster, Batata, Berinjela, Cenoura, Chicória, Crisântemo, Ervilha, Feijão-vagem, Fumo, Melancia, Melão, Pepíno, Tomate e Tratamento de solo visando controle do sintoma de mofo-branco e tombamento de mudas, iniciar as aplicações preventivamente fazendo tratamento de bandeja, complementando com aplicações foliares ou via esguicho (drench) logo após o plantio e até a fase reprodutiva.
- Para culturas como Soja, Feijão e Girassol, iniciar as aplicações preventivamente o mais cedo possível no ciclo da cultura via pulverização ou esguicho (drench) de forma a atingir o caule e o solo, e complementar com até 3 aplicações foliares durante a fase vegetativa, a partir do estádio V2 e até o estádio R1.

-Dado o efeito protetor, deve-se fazer uso preventivo de Serenade, recomendando-se as menores dosagens onde houver menor pressão de inóculo e/ou em condições climáticas menos favoráveis ao desenvolvimento das doenças.
- As aplicações preventivas podem ser repetidas com intervalo de 7 dias, usando-se volume de calda e tamanho de gotas adequado à boa cobertura das partes das culturas (folhas, flores e/ou frutos), conforme indicado na tabela acima.
- Alternar o uso preventivo de Serenade com outros fungicidas químicos convencionais registrados para as culturas, para o manejo de resistência e um melhor controle.
- Nas aplicações foliares utilizar adjuvante conforme recomendação do fabricante, exceto para as hortaliças folhosas como alface.

MODO DE APLICAÇÃO
- O produto deve ser diluído em água limpa e aplicado na forma de pulverização sobre as plantas, nas doses recomendadas.
- Em todas as formas de aplicação é importante que haja uma boa cobertura de pulverização nas plantas. Observações locais deverão ser efetuadas visando evitar a deriva e a evaporação do produto.
- Evitar pulverização nas horas mais quentes do dia (temperatura superior a 30º C), umidade relativa abaixo de 60 % e ventos superiores a 10 km/h.
- Agitar constantemente quando na utilização.
Equipamentos de aplicação
Para hortaliças ou culturas de pequeno porte
(alface, alho, berinjela, cebola, cebolinha, cenoura, coentro, morango, pimentão, tomate, flores, entre outras), em cultivos protegidos como estufas ou sistema de túneis baixos, sistema semi-hidropônico ou por gotejamento, utilizar pulverizadores manual, pressurizado, motorizado ou tratorizados, dotados com bicos de jato cônico vazio da série D ou similar, com pressão de trabalho suficiente (60 a 150 libras/pol2 ) para proporcionar tamanho de gotas adequado (50 a 200 µm) à boa cobertura das plantas, densidade acima de 100 gotas/cm2 e volume de calda entre 200 a 1.000 L/ha, dependendo do porte das plantas.
Para frutíferas ou culturas de porte arbóreo/arbustivo (café, caju, caqui, citros, goiaba, maçã, mamão, manga, pera pêssego, entre outras), utilizar pulverizadores manual, pressurizado, motorizado, tratorizado ou atomizador, dotados com bicos de jato cônico vazio da série D ou similar, com pressão de trabalho (100 a 150 libras/pol2 ) suficiente para proporcionar tamanho de gotas (50 a 200 µm) adequado à boa cobertura das plantas, densidade acima de 100 gotas/cm2 e volume de calda de 1.000 a 2.000 L/ha, dependendo do porte das plantas.
Para aplicação em bandeja ou sementeira (alface, berinjela, cebola, fumo, melão, pimentão, tomate, entre outras), utilizar pulverizador costal manual, com volume de calda de 250 mL para bandeja de 200 alvéolos. O cálculo da quantidade de produto a ser aplicado em cada bandeja, deverá ser feito previamente e proporcional ao número de plantas a ser transplantado por hectare dependendo da cultura e espaçamento a serem adotados. Aplicação via esguicho (drench) (alface, berinjela, cebola, fumo, melão, pimentão, tomate, entre outras): Esta modalidade pode ser utilizada após o transplantio de mudas. Aplicar o produto diluído em água na forma de jato dirigido planta a planta (esguicho) através de pulverizador manual, motorizado ou tratorizado, de forma que o produto atinja o caule e escorra até o solo, utilizando o volume de calda de 15 a 30 mL/planta e a dosagem recomendada por hectare do produto.
Culturas conduzidas em latada e/ou espaldeira (uva, maracujá, entre outras), utilizar pulverizadores manual, pressurizado, motorizado, turbo atomizadores ou pulverizadores de pistola com pressão de trabalho suficiente para proporcionar tamanho de gotas entre 50 e 200 µm em densidade maior que 100 gotas/cm2 e volume de calda entre 500 e 1.500 L/ha, dependendo do porte das plantas.

INTERVALO DE SEGURANÇA
Intervalo de segurança não determinado devido à natureza biológica do ingrediente ativo.

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS ÁREAS TRATADAS
Não entrar na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar na área antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.

LIMITAÇÕES DE USO
- O produto não é fitotóxico quando utilizado nas doses e condições recomendadas.
- O produto é considerado estável à temperatura ambiente pelo período de dois anos.
- Armazenar o produto em ambiente seco. Mantê-lo sempre em sua embalagem original.
- Manter sempre a embalagem fechada quando não estiver em uso.

INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO DE RESISTÊNCIA
Qualquer agente de controle de doenças pode ficar menos efetivo ao longo do tempo se o alvo desenvolver algum mecanismo de resistência. Implementando as seguintes estratégias de manejo de resistência pode-se prolongar a vida útil dos fungicidas:
- Qualquer produto para controle de doenças da mesma classe ou modo de ação não deve ser utilizado em gerações sucessivas na mesma doença.
- Utilizar somente as dosagens recomendadas no rótulo/bula.
- Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para direcionamento sobre as recomendações locais para o manejo de resistência a fungicidas.
- Incluir outros métodos de controle de doenças (ex. controle cultural, biológico, químico, etc) dentro do programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP) quando disponível.

INFORMAÇÕES SOBRE MANEJO INTEGRADO DE DOENCAS
A integração de medidas de controle é premissa básica para um bom manejo de doenças nas plantas cultivadas. O uso de diferentes medidas de controle visa desacelerar integradamente o ciclo das relações patógeno-hospedeiro. O uso de fungicidas adequados, variedades resistentes e controle do ambiente devem ser vistos como métodos de controle mutuamente úteis. Dentro deste princípio, todas as vezes que for possível devemos associar as boas práticas agrícolas como: uso racional de fungicidas e aplicação no momento e doses indicados, fungicidas específicos para um determinado fungo, utilização de cultivares resistentes ou tolerantes, semeadura nas épocas menos propícias para o desenvolvimento dos fungos, eliminação de plantas hospedeiras, rotação de culturas, adubação equilibrada, etc.
Manejo de doenças de plantas cultivadas deve ser entendido como a utilização de métodos químicos, culturais e biológicos necessários para manter as doenças abaixo do nível de dano econômico. Fungicidas compostos por agentes biológicos podem complementar estratégias integradas de controle de determinadas doenças, pois são considerados ferramentas com diferentes modos de ação, podendo ser utilizados em rotação com outros agrotóxicos.
A rotação dos princípios ativos e de diferentes modos de ação é preconizada para evitar a indução de resistência dos patógenos e a perda de eficácia dos fungicidas. Seguindo-se este princípio, Serenade não deve ser o único fungicida utilizado em um programa integrado de controle de doenças.