Podridão olho-de-boi

Cryptosporiopsis perennans

Descrição: O fungo Cryptosporiopsis perennans foi constatado no Brasil em 1996 e, atualmente, encontram-se disseminadas em todas as regiões produtoras de maçã do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.

Sintomas: A podridão “olho de boi” nas maçãs é marrom-clara com o centro amarelo-pálido, de forma mais ou menos circular, às vezes com margens marrom-escuras ou avermelhadas, deprimida, de textura firme e desenvolvimento lento. Internamente, os tecidos são de cor marrom amarelado e firme.
As margens entre os tecidos doentes e sadios são bem definidas. As podridões iniciadas em lesões causadas por ferimentos no campo são mais amareladas que as que se desenvolvem em pós-colheita, têm halo avermelhado e apresentam a polpa desidratada e com cavernas. Elas surgem a partir dos ferimentos e/ou em outras áreas da podridão como resultado da compactação de áreas afetadas. Sob condições de umidade, no centro das lesões, podem se formar estruturas subepidermais escuras ou alaranjadas que produzem no centro, massas esbranquiçadas de conídios. Sintomas da doença são observados ao redor de lenticelas e ferimentos, na cavidade peduncular e calicinar e ao redor dos carpelos.

Controle: As estratégias de controle recomendadas para esta doença incluem a redução de inóculo com a eliminação dos cancros, visto que neles se desenvolvem as estruturas do patógeno e a remoção dos ramos de poda, dos frutos do raleio e de poda de inverno e verão. No controle químico se recomenda o uso de fungicidas cúpricos no inverno e de benzimidazois e protetores em pré-colheita.
Os experimentos de fungicidas avaliados no exterior citam a eficácia do hidróxido de cobre em doses baixas e do euparen, captan, estrobilurinas, pirimethanil, iminoctadine, procimidone e fluzilazol. O maior controle tem sido obtido quando os tratamentos são feitos próximos da colheita. O uso dos benzimidazois e estrobilurinas tem sofrido restrições pela constatação em algumas regiões da ocorrência de isolados resistentes ao primeiro grupo e pela necessidade de reduzir o número de pulverizações por ano do segundo, para prevenir o surgimento de estirpes resistentes do patógeno alvo.

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