Cipó-de-veado

Polygonum convolvulus

Espécie herbácea anual que se desenvolve nas Regiões Sudeste e Sul do Brasil, ocupando áreas com lavouras anuais ou perenes, onde cresce enrolando-se às plantas sob cultivo. Instala-se com muita frequência em áreas olerícolas e em pomares de pêssego. Planta apícola.
Apresenta caule trepador volúvel ou então rasteja sobre o solo. Ramifica-se abundantemente em ramos cilíndricos, glabros, carnosos, verdes ou com pigmentação róseo-avermelhada. Folhas simples alternadas, pecioladas, glabras, suculentas e com limbo cordiforme. As espécies de Polygonum são singularizadas pela presença de ócrea, que nesta se mostra como um anel engrossado na base do pecíolo, mas não concrescido com ele. Inflorescência axilar e terminal do tipo cacho, constituído por numerosas flores de coloração branca. Flores pedunculadas com 5 tépalas soldadas na base e persistentes no fruto, as quais protegem o androceu e o gineceu. Fruto do tipo núcula. Esta espécie pode ser determinada em campo por meio do caule volúvel, sendo a única Polygonaceae com este hábito. Propagação por meio de sementes.
Planta invasora bastante freqüente na região Sul do país, onde infesta principalmente cereais de inverno como trigo, aveia e cevada. Nas reigões mais quentes essa planta vegeta apenas durante o período invernal, entretando, no extremo Sul do país ocorre durante o verão. É altamente prolífica, com uma única planta podendo produzir até 30 mil sementes que germinam 2 meses após a maturação. A maioria das sementes germinam da camada superficial de 1 - 5 cm do solo sendo capaz, entretanto, de germinar a profundidades de até 19 cm. Um dos principais fatos que a tornam muito temida como invasora é a capacidade de dormência prolongada de suas sementes no solo, o que inviabiliza a sua erradicação.

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