Gafa da oliveira

Colletotrichum gloeosporioides

Descrição: A Gafa da Oliveira é uma doença que aparece em todas as regiões onde se cultiva a oliveira, desde a Bacia do Mediterrâneo até à América e Ásia. Adquire especial importância em certos países Mediterrâneos, como Portugal, Espanha e Itália. No nosso país, é considerada a doença mais importante dos olivais, com maior incidência na faixa litoral Oeste e em alguns concelhos do Alentejo, sendo responsável por importantes prejuízos que se refl ectem na quantidade e qualidade da produção. A antracnose é importante em localidades onde o verão é quente e chuvoso, condições que favorecem a disseminação e a infecção do fungo. Seus danos são provocados nos frutos, ainda nas plantas, ou após a colheita. Ataca diversas culturas, como abacateiro, berinjela, cafeeiro, cajuzeiro, caquizeiro, citros, macieira, mangueira e videira.

Sintomas: Esta doença ataca essencialmente os frutos podendo em anos com condições muito favoráveis afectar folhas e ramos. Nas folhas e ramos surgem manchas cloróticas amarelo-acastanhado com margens pouco defi nidas. Verifi ca-se a queda de folhas, morte de ramos e raminhos a partir da extremidade, sintomas que parecem dever-se à produção de toxinas. Os frutos apresentam uma ligeira depressão acastanhada na polpa, de aspecto oleoso e forma circular, que vai alastrando, provocando a destruição parcial ou total da polpa. Nas manchas, quando a humidade atmosférica é elevada, surgem pústulas cor de rosa-alaranjadas, dispostas concêntricamente, com as frutifi cações do fungo (conídios). Estes sintomas embora se possam observar em frutos verdes, são mais frequentes durante a maturação.

Luta cultural: Como medidas culturais recomenda-se: Podas e limpezas que promovam a renovação da copa, bem como o seu arejamento e iluminação; Evitar plantações em locais sombrios e húmidos, e a plantação de variedades mais susceptíveis; Eliminar frutos gafados de modo a reduzir a fonte de inóculo para o ano seguinte.

Luta química:  A luta química realiza-se com tratamentos preventivos à base de produtos cúpricos, com a fi nalidade de proteger os frutos, as folhas e os ramos. Como se trata de tratamentos preventivos, é necessário molhar bem todos os orgãos a proteger. Estes tratamentos devem realizar-se antes de ocorrerem as infecções primárias. Caso as condições climáticas sejam favoráveis ao desenvolvimento da doença, será necessário repetir o tratamento, enquanto se verifi carem condições óptimas para a doença. A luta contra a mosca da azeitona (Bactrocera oleae) limita, em grande parte, o desenvolvimento desta doença.

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