Míldio dos citrinos

Phytophthora hibernalis

O míldio ou aguado dos citrinos é provocado principalmente pelo P.hibernalis e inicia a sua actividade desde que a temperatura seja superior a 12ºC e a humidade relativa superior a 70%.
A infecção ocorre, regra geral, no decurso da mudança de cor dos frutos.
Os fungos responsáveis pelo míldio hibernam no solo, durante a estação quente, essencialmente sob a forma de clamidósporos, mas também sob a forma de oósporos. Em condições adequadas germinam, dão origem a zoosporângios que depois se rompem e libertam zoósporos, os quais, disseminados pelo vento e pela chuva vão penetrar pelos estomas das folhas e originar as denominadas infecções primárias.
Uma vez desenvolvidos dão origem a zoosporângios, o primeiro sinal visível da doença, a chamada infecção secundária, os quais podem dar ou não origem a zoósporos. Os zoosporângios são disseminados pelo vento, chuva ou insectos.
O míldio ataca os citrinos desde as primeiras chuvas do Outono até às últimas chuvas da Primavera.
Os sintomas verificam-se normalmente nas folhas e nos frutos localizados a cerca de 1m de altura do solo.
Na página superior das folhas surgem manchas oleosas que provocam necroses nas extremidades e no ápice, de coloração olivácea nas laranjeiras e acastanhada nos limoeiros. Na página inferior, nas zonas correspondentes às manchas oleosas, aparecem leves manchas pubescentes esbranquiçadas, constituídas por conidióforos e zoosporângios.
Nos frutos verificam-se manchas descoloridas que mais tarde viram para cor castanha pardacenta de que se origina podridão seca, por vezes com ligeira pubescência esbranquiçada nas margens das manchas, de característico cheiro acre. Se o tempo corre seco, a casca dos frutos pode apresentar-se firme, elástica, ressequida e não apodrece.
Folhas e frutos atacados (normalmente os mais próximos do solo) têm tendência para cair, sendo depois os frutos contaminados por fungos saprófitas (Penicillium, por exemplo).
Os ataques de míldio podem originar elevada desfoliação e queda de frutos, o que põe em causa a produção. A colheita de frutos já contaminados compromete seriamente a fruta a armazenar ou a transportar até ao consumo

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