Oídio do trigo

Erysiphe graminis

Descrição: O oídio é uma doença de importância econômica em todos os países produtores de trigo, principalmente pela perda de vigor das plantas, o que se traduz em queda dos rendimentos em até 40%. O patógeno reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta. O oídio está presente em todos os países produtores de trigo do mundo, com alta incidência na Europa.

Danos: O sintoma típico da doença é o crescimento superficial de uma massa branca formada pelo micélio e conídios do fungo; sob ataques intensos, toda a planta pode ser afetada, incluindo a espiga e as arestas. O fungo infecta apenas as células epidérmicas, e os sintomas ocorrem principalmente na superfície superior das folhas e apresentam-se como manchas brancas do micélio do fungo, com aspecto pulverulento. Os tecidos no outro lado das manchas, na superfície inferior da folha, tornam-se verde-pálidos a amarelos; nas folhas mais velhas se forma um anel necrótico amarelo a marrom ao redor da massa micelial. Nas manchas velhas, principalmente nas bainhas das folhas, formam-se corpos esféricos e escuros entre a massa micelial, correspondentes aos cleistotécios (fase sexuada do fungo).

Controle: Existem cultivares com bom grau de resistência ao patógeno, mas essa resistência dura pouco tempo, apenas poucos anos, devido às constantes mutações do fungo que originam novas raças. Na Europa é comum o uso de misturas de cultivares para poder contornar os efeitos negativos das diversas raças desenvolvidas pelo patógeno. A retirada e a queima dos restos de cultura após a colheita contribuem para a redução da pressão do inóculo no campo. Realizar rotação de cultura com espécies não-hospedeiras. Evitar fertilização excessiva em nitrogênio. Deve-se eliminar as gramíneas selvagens e plantas voluntárias nas proximidades da cultura por constituírem importantes reservatórios dos patógenos que garantem o inóculo primário em cada novo plantio.

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