Cochonilha-branca

Aspidiotus nerii

Descrição: A cochonilha branca também pertence à família Diaspididae. Apresenta ovo com forma oval e coloração amarela. Após a eclosão, a ninfa é móvel, com coloração amarela e três pares de patas e um par de antenas e olhos. Logo de seguida, a ninfa fixa-se, normalmente na vizinhança do local eclosão ou pode ser transportada pelo vento, perde as patas e as antenas e protege-se com uma secreção cerosa esbranquiçada para evitar a dessecação. A ninfa pode apresentar duas mudas e, portanto, três instares ninfas. O corpo das ninfas apresenta coloração amarela. Após a muda do 2º instar para o 3º instar, a ninfa pode diferenciar-se em fêmea ou macho. No caso das fêmeas, estas apresentam o corpo com coloração amarela e no terço final é visível uma coloração vermelha que corresponde ao pigídio, e a forma é arredondada. A fêmea do 2º instar pode ser fecundada e a fêmea do 3º instar pode apresentar ovos e ninfas no seu interior. A película que cobre o corpo da fêmea do 3º instar é mais consistente e apresenta uma coloração creme claro, conservando as mudas centradas com uma tonalidade amarelada. No final do ciclo, a fêmea apresenta-se enrugada, sendo visível o córion dos ovos eclodidos debaixo do escudo. A fêmea adulta possui um escudo quase circular com cerca de 1,5 mm a 2,0 mm de diâmetro, corpo ligeiramente convexo, dom uma coloração creme. O macho apresenta também uma segunda muda, mas mais pequena do que no caso da fêmea. A coloração amarela do corpo da ninfa do 3º instar que origina o macho passa a apresentar pigmentação pardo-avermelhada. De seguida, o macho passa pelos estados de pré-pupa e pupa até atingir o estado de macho adulto. Na pré-pupa, o corpo alarga-se e aparecem os rudimentos das asas, patas e antenas. O corpo da pupa apresenta uma pigmentação pardo-avermelhada mais acentuada, os apêndices são mais visíveis e o escudo branco é mais largo.
Após terminar a metamorfose, a macho adulto alado sai do escudo para fecundar uma fêmea. A fêmea coloca aproximadamente 150 ovos em aproximadamente 5 a 12 dias (4 a 30 ovos cada dia). Os diversos instares ninfais decorrem entre 40 a 50 dias. Esta espécie geralmente apresenta três gerações por ano. Isto corresponde a três períodos de emergência das ninfas móveis, que podem ser atribuídas às gerações sucedendo. Os indivíduos de todas as idades coexistem na mesma planta. O Inverno é passado normalmente como a fêmea nova ou uma ninfa mais velha, mas as ninfas mais novas podem também hibernar, tornando-se activa outra vez, na Primavera. A primeira geração surge em Março-Abril e os machos são numerosos. As ninfas móveis deslocam-se para as áreas protegidas da árvore, estabelecendo-se preferivelmente na página inferior das folhas. Esta geração desenvolve-se em 8 a 9 semanas. A segunda geração ocorre de forma similar e a terceira geração começa em Setembro-Outubro e mantém-se por 6 meses, até o fim do Inverno.
Trata-se de uma espécie polífaga em que os seus estragos estão descritos para outras plantas, quer cultivadas (azeitona, ameixa, citrinos…) quer espontâneas. Nos citrinos é referido a importância dos seus ataques em limoeiro (Citrus limon (L.) nas várias regiões produtoras (Espanha, Itália, …). Na região de Mafra, já foi detectada a sua presença num número considerável de pomares. Os estragos causados por esta espécie resultam do processo de alimentação que consequentemente conduz à queda de folhas, ao enfraquecimento da planta, deformação e desvalorização dos frutos devido à presença de indivíduos de A. nerii e manchas cloróticas resultantes da injecção de saliva tóxica.

Biologia: Reino Animalia, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Hemiptera, Família Diaspididae, Género Aspidiotus.

Nomes comuns: Cochonilha-branca, cochonilha-dos-jardins, cochonilha-branca-do-limoeiro, cochonilha-pinta-branca, cochonilha-do-loendro, cochonilha-da-oliveira, cochonilha-de-carapaça, cochonilha-branca.

Alimenta-se de: Citrinos, oliveiras, heras, ameixeiras, loendros, palmeiras. Pica as folhas e nervuras.

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