Cochonilha negra

Descrição: A cochonilha-negra é uma espécie ovípara com reprodução partenogenética, uma vez que os machos não existem ou são muito raros. A fêmea passa por três instares antes de atingir o estado adulto. Este apresenta duas fases distintas, a primeira a de fêmea adulta jovem, também designada ninfa do 4º instar e a segunda, a de fêmea em postura.

 

Estragos e prejuízos: A cochonilha-negra pode causar estragos directos e indirectos à oliveira. Os primeiros estão ligados ao processo alimentar, que engloba o processo de alimentação e remoção de seiva dos órgãos atacados e são considerados de pouca importância ou praticamente nulos, a não ser que as populações atinjam níveis muito elevados. As consequências da actividade alimentar da cochonilha-negra comparativamente com idêntica intensidade de ataque de outras espécies de cochonilhas não são, em geral, consideradas muito graves atendendo a que da sua actividade alimentar não resultam efeitos tóxicos evidentes como os provocados por outras cochonilhas. Assim, quando os ataques são moderados, os estragos podem ser acompanhados pela capacidade de recuperação das plantas, sobretudo se lhe forem facultadas fertilizações e regas adequadas.
Os estragos indirectos resultam do facto de a cochonilha-negra produzir meladas sobretudo abundantes nos estados de desenvolvimento mais avançados, e que constituem um substrato favorável ao desenvolvimento de fungos saprófitas, vulgarmente designados fumagina. Estes fungos conferem à árvore um aspecto enegrecido que, por vezes, chega a cobrir toda a planta. No caso de ataques intensos, a fumagina pode ser nociva ao originar alterações na fisiologia da planta, nomeadamente por interferência com a actividade fotossintética, respiratória e transpiração.
Apesar das várias referências à importância dos estragos causados pela cochonilha-negra, são escassos os dados quantitativos sobre a mesma. Na verdade tal importância é muito difícil de quantificar, dada a multiplicidade e complexidade de factores que nela interferem.