Oídio

Erysiphe diffusa

Descrição: Erysiphe diffusa infecta diversas espécies de leguminosas. É um parasita obrigatório que se desenvolve em toda a parte aérea da soja, como folhas, hastes, pecíolos e vagens. O oídio da soja sempre esteve presente em todas as regiões produtoras, desde o estado do Rio Grande do Sul até a região do cerrado, em plantas de cultivadas em casa-de-vegetação, plantas guaxas, e variedades tardias, ao final da safra. A partir de meados para o final dos anos 90 a doença começou a apresentar alta incidência em diversas cultivares. É uma doença potencialmente perigosa em períodos de estiagem, sendo que no ano de 1997 o oídio ocorreu de forma generalizada e surpreendente em todo o país, sendo necessário recomendar, em caráter emergencial, o controle químico, em todo país. As perdas de rendimento decorrente desta doença nas lavouras deste ano atingiram níveis de até 40%.

Danos: O sintoma típico do oídio é uma camada esbranquiçada ou cinza de micélio e esporos (conídios) pulverulentos que pode cobrir toda a parte aérea da planta ou se apresentar com pequenas áreas arredondadas sobre as folhas. A coloração branca do fungo sobre as folhas, com o passar do tempo, muda para castanho-acinzentada.As folhas secam e caem prematuramente, dando à lavoura aparência de soja dessecada por herbicida, ficando com uma coloração castanho-acinzentada a bronzeada. Na haste e nos pecíolos, as estruturas do fungo adquirem coloração que varia de branca a bege e a epiderme da planta desenvolve uma coloração arroxeada a negra. A colonização das células da epiderme das hastes em condições severas e em cultivares muito sucetíveis impede a expansão do tecido cortical e causa o engrossamento do lenho, rachadura das hastes e cicatrizes superficiais. Sob condições severas, a doença também causa disseminação dos propágulos se dá facilmente pelo vento e a infecção pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, porém, é mais visível por ocasião do início da floração. As plantas das bordas da lavoura, com um ambiente mais ventilado acabam por apresentar níveis mais altos de infecção. Quanto mais cedo iniciar a infecção, maior será o efeito da doença sobre o rendimento.

Controle: O uso de cultivares resistentes é reconhecido como a prática de manejo mais eficiente para esta doença. Porém, diversas cultivares que eram resistentes tornaram-se suscetíveis, demonstrando a variabilidade do fungo. O controle químico deve ser utilizado até o estágio fenológico R6 em cultivares suscetíveis. Outra forma de evitar perdas por oídio é evitar a semeadura em épocas mais favoráveis à ocorrência da doença, tais como semeaduras tardias ou safrinha e cultivo sob irrigação no inverno. Adubação equilibrada também pode ser útil no manejo da doença.

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