Podridão-da-flor

Botrytis gladiolorum

Cultura: Gladíolo.

Descrição: O fungo Botrytis gladiolorum Timmer, causador do crestamento e podridão-da-flor, tem como fase teleomórfica Botryotinia draytonii (Buddin et Wakef.) Seaver.
Nas estufas, durante o transporte ou armazenamento ou transportação e até mesmo no comércio, pode causar sérios problemas; igualmente, causa podridão dos bulbos armazenados, chegando à perda total da produção.
Esta é uma das doenças de maior distribuição mundial em casas de vegetação, podendo atacar tanto os tecidos vivos da planta quanto os restos da cultura, assim como qualquer outro tipo de matéria orgânica em decomposição.
A doença tem ampla distribuição mundial, com registros na África do Sul, Austrália, Brasil, Chile, Estados Unidos, Ilhas Virgens, Nova Zelândia, Porto Rico, Portugal e Zimbábue.
Além do gladíolo, B. cinerea tem múltiplas hospedeiras das mais diversas famílias de plantas.

Sintomas: O sintoma típico da doença é a podridão pulverulenta dos botões e flores abertas e dos bulbos. Folhas: Ocorrem lesões grandes, marrons no início, depois tornam-se cor de palha. Flores: Observa-se podridão marrom-acinzentada na superfície das pétalas das flores já abertas e dos botões ainda fechados, impedindo a sua abertura e mumificando-os; a superfície das lesões pode ser recoberta por uma massa cotonosa e cinza de conidióforos e conídios. Bulbos: Os sintomas nesses órgãos apresentam-se como manchas cor de palha, com margens mais escuras; o bulbo pode se desintegrar totalmente, causando uma podridão esponjosa, mole, marrom-escura, ou também podem ser afetadas e desintegradas (coração-oco) apenas as escamas centrais, enquanto que as externas ficam secas.

Bioecologia: O fungo sobrevive nos bulbos infectados ou contaminados, folhas infectadas, flores velhas ou secas, botões mumificados e nos restos da cultura infectados deixados no solo, no campo ou na estufa. Igualmente, pode sobreviver em qualquer resíduo vegetal das diferentes plantas hospedeiras do patógeno.
O fungo é disseminado a longa distância através dos bulbos e das flores infectadas; e nos campos e nas estufas, os conídios são dispersados pelo vento.
Alta umidade relativa do ar, uma lâmina de água livre sobre as folhas e temperaturas amenas (10-21 °C) são condições que favorecem o desenvolvimento da doença. Um alto teor de umidade constitui condição propícia para o apodrecimento dos bulbos armazenados.

Controle: Não existem variedades ou cultivares de gladíolo com algum tipo de resistência a B. cinerea. As principais medidas de controle utilizadas são a limpeza e sanitação em geral do campo e da estufa, o uso de fungicidas e a manipulação do ambiente dentro da estufa, proporcionando uma boa ventilação e temperatura em torno de 25 °C para evitar a formação de orvalho na superfície das plantas. As flores e botões com os sintomas característicos do crestamento devem ser retirados das plantas e queimados ou enterrados. No armazém, os bulbos infectados ou apodrecidos devem ser eliminados e queimados.

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