Mosca-do-mediterrâneo

Ceratitis capitata

Partes afetadas: Caule, ramos, frutos.

Fases em que ocorre o ataque: Crescimento vegetativo, frutificação, pós-colheita/ armazenamento.

Identificação:
Ovo: 1 mm de comprimento, coloração branca, alongado.
Larva: fase com duração de de 6-11 dias, cor branca-amarelada, afilada e com ganchos na parte anterior e truncada na posterior, sem asas, medindo 8 mm de comprimento.
Pupa: fase com duração de 6-15 dias, cerca de 5 mm de comprimento, forma de barril com tom marrom avermelhado.
Adulto: 4-5 mm de comprimento, 10-12 mm de envergadura; corpo com cor predominantemente amarelada, abdome com tom amarelo escuro e duas listras acinzentadas e amarelas, tórax com desenhos pretos simétricos, pernas e asas com algumas marcas de cor amarelo-escuras. As fêmeas têm um longo oviduto no ápice do abdômen.

Bioecologia: Atividade aumenta na primavera, atingindo os máximos de atividade no verão e podendo as pupas permanecer inativas durante o inverno se as condições climatéricas não forem favoráveis. O ciclo dura entre 21 a 30 dias em condições ótimas. No início do amadurecimento dos frutos começa a desova. Média de 30-80 por cada mosca, atingindo um total de 500 ovos por fêmea. O fruto apresenta os primeiros sintomas do ataque 8-10 dias após a desova.
A duração do ciclo da Ceratitis depende da temperatura, reduzindo a sua atividade durante o inverno, que pode passar em estado de pupa. Quando a temperatura ultrapassa 14ºC, as moscas voltam ao seu estado ativo. As larvas alimentam-se da polpa e também podem atacar mudas, caules e brotos.
A fase de pupa é passada no solo, a uma profundidade de 1-25 cm. Quinze minutos depois da eclosão da pupa, os tegumentos endurecem e adotam a coloração típica da espécie, tornando-se apto a voar, embora ainda sexualmente inativa. Para atingirem a maturidade sexual, necessitam alimentar-se com proteínas e açúcares que encontram nos frutos maduros. No acasalamento o macho emite uma secreção odorífera reconhecida pela fêmea, facilitando assim o encontro e a cópula. Uma cópula no ciclo de vida da fêmea é suficiente para a fertilização contínua dos ovos, pois no seu espermatóforo armazena espermatozoides do macho.
Atraídas pelo odor e pela cor (preferem o amarelo e o laranja), a fêmea fecundada desova na polpa da fruta. Se os frutos não estiverem disponíveis podem ficar muito tempo sem desovar, fazendo-o quando as condições forem favoráveis, sem necessidade de voltar a copular.

Sintomas: Halo escuro de cerca de 2 cm de diâmetro em volta do ponto de punctura no fruto. Destruição dos tecidos pelas larvas. Desenvolvimento de fungos nas regiões danificadas.

Controle: Armadilhas, iscas tóxicas, eliminação de frutos atingidos, bem como a utilização de insetos estéreis e nematoides como inimigos naturais auxiliam no controle. Respeitar a distância entre lavouras no plantio também é importante.

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