Mosca branca das estufas

Trialeurodes vaporariorum

Morfologia: Os adultos de Trialeurodes vaporariorum, tanto machos como fêmeas, possuem dois pares de asas, assemelhando-se a pequenas borboletas de cor branca, e com armadura bocal picadora-sugadora. As asas em repouso são quase horizontais, cobertas por uma pruína branca cerosa. O ovos são elípticos, com 0,25 mm de comprimento de cor branco amarelado na altura da postura e adquirem uma coloração escura ao fim de dois dias. As larvas são de côr amarelo esverdeada, ovais, achatadas, em forma de cochonilha. No 4º estado medem cerca de 0,8 mm. A pupa é esbranquiçada em forma de pequena caixa oval, ornamentada por prolongamentos cerosos marginais curtos.

Bioecologia: Nos climas frios só se encontra este Aleurodídeo em estufa, enquanto que, nas regiões meridionais, encontra-se ao ar livre, nas plantas espontâneas e cultivadas. Os adultos agrupam-se na parte superior das plantas, na página inferior das folhas, onde efectuando a postura, voam quando se sentem ameaçados, pousando logo em seguida noutra folha vizinha. As posturas são efectuadas pelas fêmeas, com a característica de serem realizadas em círculo, nas folhas lisas, depositando um ovo de cada vez. Nas folhas pilosas os ovos estão mais dispersos e menos regularmente colocados. A fêmea pode pôr 500 ovos ao longo da sua vida que dura 3 a 6 semanas. Os ovos eclodem 9 dias após a postura a 21ºC. As larvas neonatas passam por um curto período de mobilidade antes de se fixarem para se alimentarem, com os seus estiletes inseridos no tecido foliar, passando por três estados larvares. Depois interrompem a sua alimentação, mudam, e permanecem no pupário durante 18 dias aproximadamente. A reprodução é essencialmente partenogenética. Os adultos podem passar todo o Inverno nas plantas infestantes. A reprodução ocorre durante todo o ano quando as condições são favoráveis sobrepondo-se várias gerações.Com temperaturas da ordem dos 21 a 24ºC, o ciclo de vida desta mosca branca conclui-se em pouco menos de três semanas.

Estragos: Os primeiros sintomas da sua presença manifestam-se com o amarelecimento ou clorose geral das folhas, que acabam por secar e cair, ao longo do tempo. Segregam uma substância rica em açucares e ácidos aminados – melada – que queima as folhas e conduz à formação de um conjunto de fungos negros (fumagina) que se desenvolvem nos órgãos vegetais. Esta praga pode ainda ser vector de viroses.

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