Queima

Cladosporium cucumerinum

Descrição: O fungo Cladosporium cucumerinum Ellis et Arth. afeta numerosas cucurbitáceas, causando graves danos tanto na sementeira quanto no campo em algumas ocasiões.
Manchas foliares e nos frutos, comprometendo o desenvolvimento da cultura e a qualidade dos frutos.
A doença está muito estendida nas zonas frias e úmidas da América do Norte e da Europa, assim como em certas regiões da África e do Sul e Leste da Ásia. No Brasil, está disseminado em praticamente todas as áreas produtoras de cucurbitáceas.
Cladosporium cucumerinum ataca praticamente todas as cucurbitáceas, porém os maiores danos ocorrem em pepino, embora também já tenha sido encontrado causando danos em pimentão e girassol.

Sintomas: Os sintomas causados por C. cucumerinum são observados nas mudas, ataca as primeiras folhas e o hipocótilo, assim como as folhas das plantas adultas e os frutos, dependendo das condições climáticas favoráveis para o seu desenvolvimento.
FOLHAS: Manchas marrom-claras a marrom-acinzentadas, pequenas, às vezes angulosas e necróticas, com uma borda marrom-escura e um halo amarelo; muitas vezes, as manchas ocorrem sobre as nervuras na superfície abaxial. São também freqüentes sobre os pecíolos, onde produz manchas elípticas, marrom-claras com aspecto oleoso no começo, e avança para um cancro deprimido bege, coberto de um feltro verde-escuro no centro.
FRUTOS: Manchas pequenas e oleosas no começo, que evoluem para formar manchas maiores, mais ou menos suberificadas, elípticas a arredondadas, confluentes, e em seu centro cresce o fungo, formando um feltro verde-escuro a negro; as manchas possuem uma borda marrom-clara e às vezes um halo amarelo. Quando o ataque nos frutos ocorre nos primeiros estádios, sofrem deformação, com numerosas gretas na superfície.
CAULE: Em ataques muito intensos, ocorrem também lesões ovais ou alongadas, marrom-escuras, deprimidas sobre os caules, recobertas de abundante crescimento e esporulação do fungo.

Bioecologia: A doença é favorecida pelo clima frio (5-17 °C) e úmido e solo mal drenado, começa a diminuir acima de 22 °C, e quase não se manifesta a 30 °C; a germinação dos conídios e a penetração nos tecidos da planta ocorrem a uma temperatura ótima de 17 °C. Temperaturas noturnas de 15 °C e diurnas de 25 °C e umidade elevada (saturação) durante seis horas são favoráveis para a penetração. A doença avança rapidamente com um período da 30 horas de ambiente saturado de umidade.

Controle: Não há relatos de cultivares de abóbora resistentes a C. cucumerinum.
As plantações ou as sementeiras devem estar arejadas para evitar o excesso de umidade e a presença de água livre sobre as folhas. Nas culturas em estufa, deve-se aumentar a temperatura durante a noite. Evitar a irrigação por aspersão, mas se usada, deve ser feita durante a manhã.
O tratamento químico deve ser aplicado assim que aparecerem os primeiros sintomas, utilizando alguns dos seguintes compostos: maneb, mancozeb, metiram-zinco, clorotalonil, diclofuanida, benomil, metil-tiofanato, fenarimol e triforina.

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