Helmintosporiose da cevada

Pyrenophora graminea

Descrição: A Pyrenophora graminea é uma doença mais severa quando existe chuva ou muita humidade na altura do espigamento, ou quando é usado um sistema de rega. A Pyrenophora teres é uma doença importante em regiões com elevada humidade e chuva. A sua incidência está relacionada com o facto de a cevada ser cultivada sempre nos mesmos locais, principalmente, quando em sistemas de regadio.

Danos: As plantas infectadas pela Pyrenophora graminea produzem pouca semente e alguma que se consegue formar é engelhada e/ou enrugada. Pode ser uma doença responsável pelo "damping-off" das plântulas. Em plantas adultas, nas folhas, aparecem estrias cloróticas (que se tornam necróticas), paralelas às nervuras. As espigas são inexistentes ou parcialmente estéreis.
A Pyrenophora teres provoca não só quebras na produção de grão e no peso específico das plantas infectadas, mas também reduz a qualidade do grão para a extracção do malte. Folhas com manchas angulosas, castanho escuras, com estrias longitudinais e transversais, formando um reticulado (visíveis nas duas páginas). Todo o limbo seca. Podem aparecer sintomas nas baínhas foliares e nas espigas (mais raramente, só em casos de forte infecção).

Controle: Para Pyrenophora graminea, usar sementes certificadas ou proceder à desinfecção de sementes com um fungicida homologado. Utilização de variedades menos susceptíveis. Para Pyrenophora teres, destruição dos restolhos; rotações culturais no mínimo de 3 anos, adubações equilibradas; utilização de variedades menos susceptíveis e realização de sementeiras tardias, reduzem a incidência da doença; no início da Primavera deve-se avaliar a incidência da doença, em particular se a cultura se desenvolve em condições húmidas; realizar os tratamentos com um fungicida homologado, desde o fim do afilhamento (BBCH 29) até ao espigamento (BBCH 51) de modo a proteger as duas folhas superiores em particular a "bandeira". 

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